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Olá Mana!
Saudades! Muitas!
Hoje é 31 de maio. Faz, portanto, 39 anos que reaprendemos a viver! Não morremos. Renascemos…
Amo-te muito, Mana!
Mil beijinhos,
Mano
39Olá Mana!
Saudades! Muitas!
Hoje é 31 de maio. Faz, portanto, 39 anos que reaprendemos a viver! Não morremos. Renascemos…
Amo-te muito, Mana!
Mil beijinhos,
Mano
Há, na linha indecisa
Da tua saia,
Um fim
E um princípio.
É o tecido que termina
E desmaia,
É a perna que surge
E contra a minha vista
Insurge
Sua presença
E seu tom.
E eu não sei
Se isso é mau
Ou se é bom.
É que não a vejo toda,
Nem toda a quero ver.
Basta-me o suficiente
Para te não esquecer.
E poderia ver mais,
Além desse limite,
E desse precipício.
Mas isso seria inequívoco
E intolerável indício
De pairar no ar
Perigoso convite.
Serei prudente,
Fingirei que não vi,
Antes que a visão do abismo
Me precipite!
Leva lá a saia
E sua sinuosa linha
Antes que me descaia,
De novo,
O olhar para a perninha!
jpv
04/11/2013
Olá Mana!
Olá mana,
hoje, quando acordei, já éramos três na cama. Vindo da penumbra do seu território, o miúdo enfiou-se no nosso ninho.
E dei comigo a recordar os momentos em que fazíamos exactamente o mesmo. Ao longo da semana afirmávamos a nossa independência juvenil, íamos às lutas todas, desafiávamos a figuras paternas e, depois, assim que desconfiávamos que estivessem acordados, como que descansando das guerras e das máscaras, havia um diamante bruto, um sentir insubstituível, uma pulsão de carinho e ternura que nos fazia trepar pela cama dos pais acima até ao centro e ali ficávamos entre o seu calor e o seu amor contando as aventuras, as estórias, rindo, usufruindo do correr aconchegante do tempo. Era como o sono depois de um dia de trabalho: o momento de aprender, de tirar partido, de amar.
Fundiam-se os territórios, esbatiam-se as fronteiras e as barreiras, não havia conflito de gerações nem qualquer outro porque o momento era de magia. A minha mulher tem uma imagem terna do assunto: diz que gosta de imaginar que vamos os três voando juntos, isolados do resto do universo e que a nossa cama seria assim uma jangada de percorrer os mundos todos…
Às vezes penso que a magia do acordar ao Domingo de manhã na comunhão dos espaços, dos risos, das aventuras e das desventuras podia bem ser uma forma de refundar a nossa sociedade.
Beijo,
mano.
Olá mana,
por estes dias, finalmente tristes, de Inverno, um sol houve que brilhou na seara da minha esperança: os miúdos fizeram um blogue.
Ao que parece a zona é complexa, mas, como sempre, os miúdos encaram a vida com alegria e galhardia e aquilo que entre os adultos poderiam ser problemas complexos, discussões, litígios, para eles são só o dia-a-dia.
E depois, há no meio disto tudo um professor, o Manuel, que acredita, efectivamente, no que faz e faz bem.
Estão por isso reunidas as condições para que a vida aconteça. E no espaço de um apoio, criam-se blogues, visitam-se blogues, pesquisa-se, intervem-se, aprende-se!
Como sabes, tenho sido um defensor prudente das novas tecnologias nos ambientes educativos. Defendo-as, sim, mas com critério, com acompanhamento para que o crescimento seja sustentado. Acontece, contudo, que a vida acontece e irrompe para além das nossas ânsias e mesmo para além das nossas capacidades de controlo. E mesmo com o acompanhamento do Manuel, os miúdos inscreveram-se na esfera cibernética e agora a vida é deles e acontecerá como tiver de acontecer. Resta-nos estar atentos.
Não farei o texto muito longo porque eles não gostam, mas queria usar este espaço que é, por norma, teu para divulgar o trabalho e o orgulho destes miúdos que de resto me lembram a tua fibra e o brilho do teu olhar quando tinhas feito alguma…
Sejam muito bem-vindos, amigos, a este mundo paralelo do outro e que ele vos traga as alegrias todas.
Aos leitores de “Mails para a minha Irmã” sugiro uma visitinha a:
Doce mana,
É como se não fosses “só” minha irmã, mas o milagre de toda uma vida. É como se a minha existência se tivesse iluminado a partir do dia em que te vi, rosada, pela primeira vez.por mais complexos que possamos parecer ou queiramos assumir, a verdade é que, nós, os humanos, somos seres de síntese. Senão vejamos, há dias para este santo, para aquele santo, para algumas santas e há, depois, o dia de todos os santos. E, em síntese, colocamos os santos todos num mesmo saco que é o saco para onde vão os que se não destacaram por nada a não ser terem tido a coragem de atravessar o tenebroso rio.
Estava aqui a pensar nisto, donde se infere que sou um tipo esquisito, quando me lembrei que o pai, o avô Velez, a avó Ana, o avô Francisco, a avó Lectícia, a Mimi e mais uns quantos humanos que nos preencheram as vidas da juventude já são santos. O que não deixa de ser curioso porque entre estes admiráveis santos havia alguns que celebravam o dia com particular interesse.
Para nós tudo se resumia a um ritual que começava numa visita ao cemitério e terminava entre febras grelhadas na brasa e castanhas assadas nos pinhais de Santa Quitéria com fumos intensos de café de borra aquecido no lume perfumado das carumas.
Só hoje, à distância inultrapassável de umas quantas partidas definitivas, eu percebo o sentido dos rituais porque lhes sinto a falta. A verdade, mana, é que nada pode ser vivido antes do tempo. E é por isso que o dia de todos os santos teve uma altura em que era uma festa e tem, agora, um tempo em que é uma celebração. A celebração dos meus santinhos.
A celebração da dedicação com que o nosso pai nos conduzia até ao local perfeito, a celebração da sua voz moderadamente entusiasmada falando da feira e observando os seus pormenores de vida, a celebração da agitação genuína da Mimi, a celebração da insubstituível falta que me fazem os humanos, que, por serem os meus eleitos, são os meus santinhos, por mim beatificados e canonizados no altar da gratidão, do reconhecimento, do amor nascido de uma vida partilhada.
Se outras razões não houvesse, se outros santos o não justificassem, todos os meus santos de amar justificaram a noite de festa e febras e castanhas e água pé e vozes iluminadas pela companhia e pelo sentir que estamos vivos entre os vivos e, por isso, em condições de celebrar os vivos entre os mortos.
E foi assim que celebrei os meus santinhos, entre amigos, com todos os ingredientes, excepto o frio que muita falta fez por ser catalizador de conversas e por permitir aquele gesto que é uma pessoa agarrar numa chávena de café quente, encolher os ombros dentro da roupa e soprar o bafo à medida que vai comentado “está frio, não está?”…
Beijo,
mano.
"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."
A esperança pra quem busca pequeno e grande detalhe do criador. Shaloom....
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