Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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A Paixão de Madalena – ANÚNCIO

a-paixao-de-madalena-manuscritoA Paixão de Madalena – ANÚNCIO

Caros Amigos e Leitores,

Interrompo aqui o descanso de férias para partilhar convosco o facto de ter sido concluída hoje a redação integral do romance “A Paixão de Madalena”.

Após quinze dias de escrita quase frenética, absolutamente concentrada e envolvida, ficaram redigidos, em manuscrito, os 35 capítulos que compõem o romance.

Os próximos passos serão passar tudo para letra de imprensa, fazer revisões, negociar os termos da publicação e, se Deus quiser, lá para o Natal teremos uma nova publicação em livro.

Aqui no MPMI foram publicados 14 capítulos e ainda acrescentarei mais uns três ou quatro para que possam avaliar o curso da história e a forma como é contada.

Penso que se conseguiu um texto intenso, repleto de emoções e afetos, repleto de ilusões e desilusões. Penso que se conseguiu um texto sensível e uma história interessante. Penso… Essa avaliação, a que conta, será feita por vós.

Até breve.

jpv

 


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MPMI em Ritmo de Férias

feriasCaros Amigos e Leitores,

Não estaremos ausentes. Estaremos por perto, vigilantes, dando prioridade ao descanso.

E estaremos investindo na conclusão do romance “A Paixão de Madalena” de que já aqui publicámos catorze capítulos, mas do qual já concluímos mais quatro. O romance terá trinta e cinco e seria interessante concluí-lo ainda este ano.

Também estaremos investindo nos afetos. Naqueles de quem temos sentido a falta de forma pungente. Estamos tentando reter o tempo entre os dedos.

Claro que voltaremos. Com pequenos apontamentos. E lá para o final de Agosto retomaremos as publicações regulares.

Um abraço e boas férias!

jpv

 


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Rapidinhas da Copa – Desceu o Pano

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Rapidinhas da Copa – Desceu o Pano

É atribuída a Gary Lineker, avançado inglês, a frase “No futebol são onze contra onze e no fim ganha a Alemanha”. Esta frase enferma de imprecisão. O que Lineker disse, exatamente, foi o seguinte: “O futebol é um jogo para 22 homens, 11 de cada lado. Os jogadores chutam a bola de um lado para o outro. A bola tem de entrar numa baliza, defendida por um guarda-redes. O jogo demora 90 minutos e no final ganha sempre a Alemanha.”

E a sentença cumpriu-se. Ganhou uma das melhores equipas em campo na Copa 2014. As que eu gostei mais foram mesmo a Holanda e a Colômbia, contudo, a Alemanha, mostrou-se muito organizada, muitíssimo eficaz e defensivamente muito segura.

Este Campeonato do Mundo foi, na minha opinião, o mais espetacular de sempre. Teve de tudo um pouco. Trouxe a lata de espuma para a barba a marcar o traço contínuo da barreira, trouxe o olho de falcão a ajudar o árbitro nas decisões difíceis, trouxe paragens intermédias, uma espécie de intervalos mais pequeninos, para os jogadores se refrescarem, teve arbitragens com decisões muito duvidosas, teve agressões em campo, teve agressões em campo por jogadores da mesma equipa (!), teve golos salvadores, mesmo na última jogada, teve prolongamentos, teve penaltis concretizados e defendidos, teve golos do outro mundo como os de Van Persie à Espanha e o de James Rodrigues ao Uruguai, teve dentadas em campo, teve jogos com muitos golos, mais do que um 4-0, um 5-1, um 5-2 e um 7-1. Teve imensos golos. Teve saídas prematuras de candidatos ao título, teve o descalabro da canarinha que em dois jogos sofreu dez golos e marcou um. Teve árbitros que intercetaram jogadas e houve mesmo um que, inadvertidamente, fez um passe e desmarcou um jogador, teve lesões graves, houve sangue em campo, teve equipas sensação como a Costa Rica e a Colômbia e teve lágrimas dentro e fora das quatro linhas. Teve seleções, como a portuguesa, com grande nível estético no âmbito das barbas e dos cabelos e das tatuagens, mas com poucos argumentos além desses. Teve quem gozasse com Portugal, chamando-lhe de “piada”, mas depois teve de engolir a gozação da pior forma. Teve uma belíssima cerimónia de abertura e teve uma organização soberba e nisso, o Brasil está de parabéns.

Sim, houve mais coisas nos últimos trinta dias do que a Copa 2014, mas tudo isso interessou muito pouco. O folclore multinacional do torneio dominou as cores, a paisagem, os noticiários e as conversas. E agora, cada um de nós, volta ao seu quotidiano, às suas rotinas até que em 2018, na Rússia, volte a haver tudo isto de novo!

jpv


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Rapidinhas da Copa – 7-1

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Rapidinhas da Copa – 7-1

Não vou analisar o jogo nem fazer piadas. Analisar não me apetece e fazer piadas também não. De resto, uma e outra coisa estão feitas.

Vou só referir-me ao pior momento do jogo Brasil 1 – Alemanha 7. De todos os momentos possíveis, aquele que marca mais negativamente este jogo são as declarações de Felipe Scolari no final do jogo. Assobiou para o lado. Disse que tinham estado muito bem, menos naqueles dez minutos e disse que ia continuar tudo na mesma.

Não vai. É impossível que vá. Uma derrota desta dimensão, com uma humilhante incapacidade de reação, demonstra que taticamente o Brasil não estava preparado, que a organização falhou com estrondo. É preciso assumir isso e corrigir. É preciso evoluir. Não foi o Brasil que perdeu com a Alemanha. Foi todo o conceito de futebol sul americano que foi esmagado pelo conceito europeu. Haverá lugar aos craques e ao talento, mas terá de haver, também, organização, rigor tático, jogadas estudadas, mecanismos intuídos. Infelizmente para quem, como eu, gosta de ver a Canarinha ganhar, nada disso existiu, mas Scolari diz que está tudo bem.

Felipão, está tudo mal, cara! Deixa de ser teimoso, sai com dignidade, assume que errou e dá o lugar para outro!

jpv


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Reencontro

Selfie Iago Brazil Neymar Copa ReencontroReencontro

Vieste como sempre, tranquilo. Chegaste como sempre, tranquilo.

A mala carregada de aventuras, de histórias ousadas, dos riscos que correste, das emoções, do que mais ninguém fez a não ser tu. Disseram-te que morrerias no deserto e foste. E voltaste de noite com a lua a rebrilhar no chão de sal. E subiste à favela assustadora como quem caminha por entre irmãos. E foi isso que aconteceu! E eu ouvia-te, ali mesmo ao pé de mim, e ainda sentia medo por ti! E a estrada com tiroteio dos dois lados e o veleiro que te deu boleia, a fala com os brasileiros, o vocabulário que adotaste para te entenderem e teimas em repetir pelo hábito. Os professores, os colegas , as notas. O Uruguai, a Argentina, a Bolívia, Porto Alegre e a cidade que te encantou como não esperavas, mais do que a Lisboa do teu coração: Rio de Janeiro. A melhor cidade do mundo disseste. As aulas teóricas e as práticas, a camiseta do Neymar, o futebol em Copacabana, à beira mar vivido.

Trazes um mundo inteiro nas palavras, no sorriso, nas ironias, no profundo entusiasmo com que superaste tudo. Até um assalto de pistola em punho. E eu temendo, ainda, por ti. Eu, que escrevera há dias que amar é libertar. E é. Mas ninguém disse que é fácil. Não poderia prender-te. Não se aprisiona um ser humano. Sempre que aprisionamos um ser humano, há algo nele que morre e não viverá de novo. Quero-te assim, a destilar entusiasmo e vida vivida em toda a sua plenitude. Trabalho, prazer, alegrias, tristezas, segurança e riscos. Quero-te livre, mesmo que isso me sofra. Doer, não é o termo.

E quero que conquistes o mundo e o vivas e o faças teu. E quero que regresses. Ver-te partir dói, sim. Mas é porque dói, que ver-te chegar é mais do que um reencontro, é um renascer do meu coração pequenino para a Vida e para a Fé!

Chegaste. E o mundo voltou a fazer sentido. Tudo está de novo no seu sítio. Até que partas outra vez e leves o nosso amor e o nosso orgulho contigo.

Se morresse agora, morria feliz. Junto a ti, depois de me reencontrar contigo, depois de ouvir-te as aventuras, depois de perceber que, sem ti, não há mundo, não há vida que valha a pena viver. Se morresse agora, não morria ninguém a não ser o pai do meu menino. E esse, ia feliz. E esperaria por ti até que nos reencontrássemos de novo. Não tem fronteiras, este amor que nos une. Nem mesmo essa.

Bem vindo, filho!

Pai

 


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Anseio

iago filhoAnseio

Anseio já esse abraço.
Esse toque puro.
Anseio a tua voz
Para cá do muro.
Essa distância que me mata
É a medida imprecisa
E exata
Deste peso no peito,
Desta mão incerta,
Deste amor que te tenho,
Sem o qual
A minha vida é deserta
De tudo.
Até de mim.

Meu olhar vagueia
À procura de ti
Enquanto percorro
Mundo e meio
E finjo outras razões,
Outros motivos e sensações.
E tudo é simples e cristalino,
Sou só um pai perdido
À procura do seu menino.

Andaste lá longe.
Cá longe andei,
Mas já gira a roda
Das palavras que te direi.
Essas palavras de desassossego…
Palavras de ter-te,
De reter-te…
E o medo
De ver-te partir outra vez.

Errante pelo mundo,
Procuras o sentido profundo de ti,
Esse mesmo que tenho em mim
E posso contar-te baixinho
Para ninguém ouvir.
Ser pai é olhar
Um filho partir.
E há nessa contemplação
Uma alegria e uma dor.
A alegria jorra na fonte generosa da presença
E a dor de amar dita sua definitiva sentença.

Eu vivo em ti,
Por ti,
Para ti.
E há nisso
Um gozo e um prazer.
É ver-te crescer e ser homem.
Quem dera morrer
E saber-te bem e completo.
É esse meu desejo secreto,
Minha missão,
Meu ousado cometimento.
Amar-te a cada instante,
Libertar-te em cada momento.

jpv

 


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Short Stories – Guilty Pleasure

short storiesShort Stories – Guilty Pleasure

Trabalhava num escritório. Usava fato cinza ou azul escuro e uma gravata em padrão impreciso. Era chefe. Tipo respeitado. Muito cumpridor de regras, muito fazedor de cumpri-las! Formal. Em tudo. No respeito pelas hierarquias, no trato e nas comunicações, na cadeia de ordens a receber e a dar. Comprou uma casinha de madeira e implantou-a no campo a uns sanitários trinta minutos de distância da grande urbe. À noite, quando chegava, abria o portão com o comando, enfiava o carro na garagem e ali mesmo, ao lado da casa, atirava a gravata para trás das costas, desabotoava o cinto das calças que caíam até ao joelho, olhava as estrelas no céu negro e mijava fartamente para o chão. Reencontrava-se.

jpv


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Leitura de Férias!

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O Professor Alexandre Ventura escreveu no prefácio de “De Negro Vestida” uma frase muito simpática: “A leitura deste livro faz bem à alma!”

Partindo do pressuposto que o Professor está correto na sua análise, venho convidar os familiares, amigos e leitores de “Mails para a minha Irmã” que ainda não tenham lido o romance a adquiri-lo e fazer dele uma das suas leituras de férias!

Por outro lado, convido-vos, também, a visitarem a página Facebook do romance onde podem ler a opinião de algumas pessoas que já terminaram a sua leitura. Deixem também a vossa opinião nas mensagens, e, se entenderem que a página merece, façam um ‘Gosto’.

Bom trabalho para uns, boas férias para outros e boas leituras para todos!

jpv