
No vazio das palavras,
O ato.
No vazio do tempo,
O momento exato.
No terreno estéril
E árido
De meu peito
Cresce uma esperança
Sem jeito
Nem destino.
Fenómeno inexplicável,
Como mão grande e afável
Percorrendo o cabelo do menino.
No vazio da cama
Um homem que ama.
No vazio de um peito de mulher,
Um homem que quer.
Numa folha branca
Uma palavra que grita
E deseja,
Uma linha sensual,
Uma vírgula que beija
A hesitação,
E de novo a mão.
Agora suave e sedosa
Em provocante e prazerosa
Provocação.
No vazio de tudo…
A reinvenção!
jpv