Depois de uma manhã inteirinha a corrigir testes, depois de uma tarde inteirinha a corrigir trabalhos de casa, há conclusões inevitáveis. Para além da responsabilidade implicada, a tarefa de corrigir testes pode ser cansativa, extenuante mesmo, desoladora, reconfortante e… hilariante.
A resposta que vou revelar de seguida, protegendo o autor, claro, faz-me crer que devo ter errado algures no processo. Mas errado à grande! Meu Deus, que fui eu fazer? Como é que é possível que aquela alma, simpática, de resto, tenha sequer sonhado com o que escreveu? Amanhã tenho de tirar a limpo.
A pergunta vinha numa sequência de questões sobre o ‘Auto da Índia’ de Gil Vicente e pedia aos alunos que refletissem sobre o poder da sátira no teatro vicentino. Eis o que me calhou na rifa:
“… o teatro vicentino é caraterizado pelo poder da sátira porque no antigo Egipto, Sátira tinha o poder de criticar o governo, ou seja, criticar o Faraó. Se bem me lembro, Sátira era a mulher do Faraó.”
Não posso… não aguento mais… mas o que é que andam a dar àquele miúdo ao pequeno-almoço?

