Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Antologia de Uma Partida (Poema 2)


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Antologia de Uma Partida (Poema 1)


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Viajante Clandestino

viajante

Viajante clandestino
No porão do teu olhar,
Eu sou.
Coração de menino
No peito a exultar,
Eu sou.
Amante dos gestos,
Realizados e a realizar,
Eu sou.

Não há mais palavras
Para dizer-te.
Tu és as palavras todas.
Tu és o texto,
O poema acabado e perfeito,
Tu és a pergunta e a resposta,
O predicado e o sujeito
Do viajante que levas
Escondido…
No porão do teu olhar.

jpv


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Poesia

 

20180321_234823

Primeiro,
Pressente-se, ao longe,
Esfumada,
E não se percebe bem
O que lá vem.

Depois,
Cresce um pouco,
Um incómodo incerto,
Uma inquietação imprecisa.
Avança tímida e indecisa
E faz-se mais perto.

Agora,
É já uma visível preocupação,
Ou uma alegria exuberante,
Em todo o caso,
É inconfundível a excitação
E a inconstância constante.

Por fim,
Irrompe sob os dedos, em bailado,
A criação.
Um jogo de fúrias e medos em tornado.
E atropelam-se,
Galgam-se desejos e voracidades,
Procuram a frente e as verdades,
Anunciam batalhas, vitórias e perdições.

São só palavras
Desenhando emoções.
São só estas linhas imperfeitas.
São só esta coisa absurda
Que tenho no peito,
Este reduto último
De quem vive dilacerado e desfeito.

Cada palavra rasga-me a carne
E cada verso é escrito a sangue,
Cada estrofe é uma coisa que arde
E exala de meu cadáver exangue.

Palavras…
Arrancadas
À noite e ao dia.
Em minha mente
Torturadas…
Poesia.

jpv


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Discussões para quê?

É isto…
Tudo o que for além da fruição de um poema belíssimo, de uma melodia maravilhosa e de um conjunto estético de suprema qualidade, é tempo perdido, palavreado excessivo e desnecessário.

Portugal, país de poetas, de músicos, de melodias maravilhosas…