Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Da Essência

Já não meço o tempo.
Já não conto os dias,
Nem as semanas,
Nem os meses,
Nem os anos…
Já não conto as pessoas que passam,
Nem peso as palavras nas frases.
Já não me detenho pelo comum,
Nem faço vénias à ignorância,
Embora também já não a corrija…
Já não quero tudo,
Nem muito,
Nem pouco.
Quero só o que quero.
Seleciono.
Separo.
Deixo passar, livres,
Os rios de lama,
E sorrio
À sua desventura.
Como cheguei aqui
Importa pouco.
Sou um estilhaço de nada.
Trouxe algumas pessoas,
Um punhado de memórias.
Árvores de errância plantadas
E livros escritos ao sabor do acaso.
Não sou escritor.
Desenho coisas com palavras
Escolhidas sem critério.
Não sou professor.
Ensino a vida
A vidas que me hão de sobreviver.
Não sou pai.
Sou filho de meu pai
E de meu filho também.
Não sou marido.
Sou imensamente amado
Por um raio de luz
Que me colheu de surpresa.
Não sou nada…
Talvez nunca tenha sido.
Talvez nunca tenha querido ser.
Amo a brisa
E os beijos escaldantes da musa
Com quem partilho a cama
E o olhar.
Amo o filho, a filha, os netos…
Fontes de todos os afetos…
Amo estar.
Amo observar.
Amo as palavras
E o sentido que dão
Às coisas sem sentido.
Amo.
Já não desejo que acreditem
Em mim.
Nem, tão pouco, que gostem de mim.
Fico-me pela breve partilha
De um tinto,
De uma conversa casual e vadia,
De uma roda de amigos
À volta de um lume crepitante.
Recolho-me no canto de um sofá
E na penumbra de uma árvore
De pensamentos que rego
Em silêncio.
E depois,
No fim de todas estas
Indispensabilidades,
Sobra muito pouco desta vida
E desta idade.
E o que fica
É uma qualquer ideia
Indefinida e essencial.

jpv


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A Matemática dos Dias

De Rerum Natura
A Matemática dos Dias

Em 1987, setenta e cinco dias antes de fazer cinquenta e quatro anos, o meu pai teve um violentíssimo enfarte do miocárdio. Numa das imensas consultas de acompanhamento que foi necessário fazer, um médico informou que a probabilidade dos filhos de pacientes cardíacos terem enfartes aumentava onze por cento só por serem filhos de pacientes cardíacos.

Eu tinha vinte anos. Não vivi uma vida tortuosa a pensar nos meus onze por cento de acréscimo de risco, mas, admito, a partir dos cinquenta, o espectro bailou diversas vezes no horizonte da minha mente. Uma coisa a tolher a racionalidade e a instilar o medo. Em 4 de outubro deste ano, trinta e quatro anos depois, eu fiz cinquenta e quatro. Sem enfarte. E não pude esquecer a figura do homem que tanto, e de forma tão ímpar, admiro. Não o superei. Superei a marca da dor. Dessa dor, pelo menos.

Uma vez disse a um aluno que, quando tivesse oitenta anos, se olhasse para trás no tempo, veria poucas coisas, poucos momentos significativos. Nada restará das pequenas batalhas e preocupações, nada restará da nuvem inútil de poeira a que chamamos, por vezes, coisas importantes. Restará, somente, aquilo que é efetivamente significativo. As pessoas que verdadeiramente amámos e nos amaram, os momentos que intrínseca e profundamente nos marcaram. Lembro-me do dia em que a minha irmã nasceu. Lembro-me do dia em que o meu filho nasceu. Lembro-me do dia em que, pela primeira vez, peguei no meu neto ao colo. Lembro-me de me ter apaixonado. Lembro-me da primeira aula que dei. Lembro-me de ter morrido e lembro-me da madrugada em que o meu pai teve o enfarte. Não preciso lembrar mais essa madrugada de infortúnio. Em 4 de outubro de 2021 não fiz anos. Renasci. Renasci para o Mundo e, sobretudo, renasci para mim. Aos cinquenta e quatro!

jpv


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Iago 31!

No dia 11 de setembro de 1990, há exatamente 31 anos, nasceu o Iago, meu filho, minha alma, meu sopro.
O Iago não veio a este mundo para ser mais um de nós.
Veio para ser um exemplo de coragem, um farol de integridade, um misto de rebeldia e resiliência.
A sorte é minha, foi sempre minha, de o ter no meu caminho, de ter o privilégio de o ver crescer, de o ver superar, de o ver alcançar, um a um, os objetivos a que se propôs.
O Iago foi sempre uma bênção na minha vida. O filho que qualquer pai quer ter e digo mesmo mais, conseguiu superar todas as minhas falhas como pai e selecionar com rigor e escrúpulo os ensinamentos efetivamente válidos. É um filho que aprende e ensina, que ouve a orientação e orienta.
É um orgulho.

E agora é pai e sei, com toda a certeza, que vai ser, já é, um grande pai.

O Iago merece ser rodeado de todo o Amor que conseguirmos encontrar em nós e merece um dia, uma semana, um mês, um ano, uma vida inteira e uma eternidade de felicidade plena. O Iago merece que estejamos indefetivelmente ao seu lado para que possamos fortalecê-lo ainda mais. Os fortes não o mostram, mas também eles precisam de força exógena, de carinho, uma mão no cabelo, uma festa na face, um beijo, um abraço forte e demorado.

MUITOS PARABÉNS MEU QUERIDO FILHO!
AMO-TE TANTO QUANTO É POSSÍVEL AMAR-SE UMA PESSOA!

Aí ficam 31 fotos para celebrar 31 anos!

Obrigado, Iago!

Pai.


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Culpa sem Castigo

Não adormeces, nunca,
No meu coração
Onde bate, sempre,
A tua presença.
Forte.
Há na minha pele
Um mapa tatuado
Onde meus braços te procuram
E meu corpo abandonado
Se entrega à memória de ti.
Correste o Mundo
Na luz do entusiasmo
E nunca saíste daqui.
Viste o que eu não vi
Suaste o suor da audácia
E percorreste o pó
Dos caminhos onde não fui.
Nunca estive à altura
De teus céus
E tuas florestas profundas.
Nunca saltei as barreiras
Que te fizeram gritar de emoção.
Nunca ouvi outra canção
Que não fosse a de amar-te.
Faltou-me o golpe de asa,
Faltou-me a arte.
E voei embalado
Nos teus cabelos loiros
Esvoaçando ao vento.
Sou culpado, sim,
E criminoso.
Jamais isento
De querer reter-te entre as mãos
De que fugias.
Não sei onde estás.
Sei que ocupas meus dias.

jpv


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Órfão

No tempo de não haver culpas e todas as palavras serem verdadeiras e limpas, quando ainda era menino, ensinaram-me o que era um menino órfão. E, fosse por que ventura fosse, nunca mais atualizei o conceito. Para mim, um órfão sempre foi um menino sem pai nem mãe. Só quando ouvi esta canção do Abrunhosa me apercebi que já não vêm à minha mesa, nem o pai, nem a mãe, e o órfão sou eu… órfão aos 53…

Não herdei nada e, contudo, os meus pais deixaram-me tudo o que tenho precisado para a vida.

Não me sinto triste por ser órfão. Sinto-me só. Abandonado. Sinto-me à deriva no mar de decisões que cada dia me traz. Nunca passa. Quando temos o nosso pai e a nossa mãe, mesmo que não os vejamos muito, mesmo que estejam longe, sabemos que existem e estão lá para nós e isso fortalece-nos e dá-nos coragem para todas as batalhas. Depois de morrerem, há um vazio que se instala e nunca deixará de o ser. Não é tristeza, nem desespero. É vazio. Sozinhês. É um sentimento do mais absoluto desamparo porque nos falta quem dizia a palavra certa, quem nos passava a mão pelo cabelo, quem representava a confiança absoluta. Só um pai ou uma mãe têm o poder de dizer algo e esse algo ser lei só porque foi dito por eles.

Há muitas mesas, já, que o meu pai não está presente. Demasiadas. E a minha mãe… é como se ainda estivesse à mesa, mas a verdade é que à mesa só já está a sua imagem, a imagem do seu sorriso. Não sei se sou menino… creio que não… mas sei que sou órfão e sei agora, e tragicamente, o que é um órfão. Um órfão é um homem a uma mesa vazia, um desamparado trágico, um sozinho deambulante pelas memórias que são só isso mesmo.

jpv


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Mails para a minha Irmã

A Vida não é um Acidente

Olá, Mana.

Um pensamento a que não consigo furtar-me na sequência do que se passou nos últimos dias, em particular, a morte da nossa mãe, é o de que agora estamos sós no mundo. Tu e eu. Restamos tu e eu como herança e responsabilidade das duas pessoas que mais nos amaram no mundo, que mais amámos no mundo. Nós temos família. E amigos. Mas éramos também um precioso e insubstituível núcleo familiar que agora desapareceu por completo. E não me sobrevem uma única mágoa, nem a mais leve sensação de tristeza. Tivemos um pai íntegro, honesto, trabalhador, com um incorruptível código de valores que foi o fundamento do nosso ser, da nossa existência, da nossa interação social. Foi ele que nos passou o respeito pelo outro, a retidão, o sentido de compromisso, a não cedência às tentações que corrompem. Lutou por nós, viveu por nós, e só morreu quando nos julgou a salvo de percalços maiores que a vida pudesse trazer. Já agradeci muito por não nos ter deixado qualquer herança material. Por não nos ter deixado nada que interferisse com esta herança essencial de valores. Algo que pudesse brilhar e com esse brilho ofuscar o bem maior e mais precioso que nos deixou. E tivemos uma mãe que nos amou incondicionalmente, que nos protegeu, que nos motivou e que fez por nós o que mais ninguém faria, mesmo quando isso teve de ser retirar-se e dar-nos espaço ou agarrar-nos por um braço e mostrar-nos o caminho. Era o entusiasmo em pessoa, a alegria e o dinamismo, o ímpeto repentista e o carinho de nos pentear o cabelo. Viveram plenamente, em liberdade plena, em plena harmonia, em dedicação plena. Viveram por si e viveram por nós. Para nós. E tinham imperfeições e eram essas imperfeições que realçavam a maravilha da harmonia que eram para nós. Seus filhos. Seus tesouros de amar. De Amor.

Não há distância no seu desaparecimento físico e não pode haver tristeza. Só saudade. E tem de haver orgulho, tem de haver a responsabilidade e a determinação de continuar o seu legado, tem de haver espaço para o sonho, tem de haver amor, tem de haver verdade. E tem de haver a coragem de procurar e perseguir tudo isso, mesmo em tempos de adversidade. Sobretudo em tempos de adversidade. Temos muitas diferenças. Somos muito diferentes e temos também muito em comum. E o mais importante que temos em comum é o sentido que os nossos pais deram à vida.

Não sintas, NUNCA, culpa e, menos ainda, remorso. Os nossos pais definiram sempre os seus caminhos e fizeram as suas opções com base no seu código de valores e no amor que nos tinham e com que nos criaram. E, naquela tarde, tu conduziste o carro também por opção da mãe que to confiava. E não tens culpa do golpe de sol pela frente, da curva apertada, do cascalho no chão, do carro velho e pouco seguro. Não tens culpa das circunstâncias porque as circunstâncias foram isso mesmo: circunstâncias. Mas seremos sempre culpados, tu e eu, de não honrarmos e de não difundirmos o seu legado de amor, verdade e integridade, se nos desviarmos dele.

Estamos sós, Mana, e é sós que temos de assumir a responsabilidade de não deixar morrer esse legado, de não permitir que a morte última e verdadeira, a do esquecimento, se abata sobre o nosso paizinho e a nossa mãezinha. É neste propósito que tem de fundamentar-se a nossa união e é este propósito que tem de ser o guia das nossas opções e dos nossos gestos daqui em diante.

A vida não é um acidente, Mana. É uma sucessão de opções e nós herdámos o melhor dos guiões para optar.

Com Amor,
Mano.


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Só…

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Só,
No deserto árido das palavras.
Só,
No glaciar impenetrável das emoções.
Só e perdido,
Afogado no grito próprio
E na mudez da tua ausência.

Só e perdido,
Na memória antiga que se esvai
E no tempo que não volta.
Eu já não sou filho
E tu já não és pai.
E contudo, vives aqui,
No espaço de não ver-te,
Na ilusão de prender-te
Entre os braços,
De querer ser como tu
E não ter a sabedoria
De esperar.
Já vai longa a agonia
E não oiço
A voz desejada.
Seu peito
É uma amurada deserta
E traz a herança certa
De quem rasgou sulcos breves.
Têm de ser leves
As passadas do agricultor
Quando joga ao vento
Semeaduras de amor.
Mas têm de ser fundos, os rasgões.
Esse arado com que lavras
Meu peito
E semeias ausências
E silêncios sem palavras
Anda-me roubando a vida.
Causa inglória e perdida…

Só…
Já nem me negas…
É na ilusão do teu colo que me deito.
Filho abandonado,
Pai sem jeito.

Só…

jpv


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2017

2017

Não há resoluções de ano novo. Esperanças ténues, talvez. Dessas que nos entusiasmam devagarinho, como quem desconfia. Publicar outro romance… terminar mais um… amar sem restrições e comer com elas enquanto me lembrar de que sou mortal.

Não quero muito, não peço muito. Tudo basta-me. Estou cada vez mais convencido de que sem mim não existe mundo, nem céu, nem terra, nem mar, nem livros a folhear, nem golos no último minuto, nem corpos a desbravar, nem conversas a incendiar. E não é um pensamento egotista, assim como quem se arroga a dar sentido à existência das coisas. É mesmo a simples e humilde constatação de que a minha existência dá vida ao cosmos… para mim! Mais do que isto é ir pelas certezas divinas e transmateriais da alma em espaços paralelos. Creio em Deus Todo-o-Poderoso? Claro. E pratico. Mas até Deus morre para mim no momento em que partir. Ou ficar.

Não há resoluções de ano novo. Exceto uma. Ainda mais escrita de caneta a roçar no papel, quase a rasgá-lo de emoção e cafés quentes na mão e cada vez menos digital. Cá virei para vos mostrar o que nasceu do namoro entre a caneta e o papel. Mas não me peçam “Gostos” e “Adoros” e polémicas acesas acerca de coisa nenhuma. Não é nada convosco. Sois espetaculares. Tendes uma paciência de santo… É só que preciso de mim um poucochinho mais… e estou cansado… preciso de menos urgências e mais paciências. Menos causas e mais atos. Preciso reunir-me e reencontrar-me. E publicar um romance e terminar o outro.

E depois… depois tenho um filho a ser homem e vê-lo crescer dá muito trabalho e leva muito tempo. Um neto é que era. Mas, para resolução de ano novo, falta-me em capacidade do que quer que seja o que me sobra em ânsias e desejos… um neto é que era… O miúdo voou. Foi ter vida e fazer coisas e conquistar mundos e amar e desamar e… eu, que lhe dei as asas, fico aqui, perdido, com pena de o ver voar. E nem sei porquê. Porque me faz falta. Sempre fez…

A minha mãe… a minha mãe que, sem saber se poderia cumprir a promessa, um dia me prometeu que não me deixaria ir à tropa, é que tinha razão. A dizer-me que eu daria as suas passadas e sofreria de dores como as suas.

E pronto, fica prometido. Mais caneta e odor a papel. Menos digital. E quanto ao resto, seja o que Deus quiser!

Bom ano, amigos!

João Paulo Videira


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Livro da Coragem – 21

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Bolinhos, bolinhós…

Não tenho nada contra o “Haloween”. Nem a favor. Não me diz nada. Culturalmente, pertence a outras geografias e na minha família nunca teve qualquer espécie de relevo.

Já o Dia de Todos os Santos é toda uma memória. Pela manhã, bem cedo, a azáfama de preparar o farnel, o carvão, fogareiro, o abano, bebidas para adultos e miúdos, um frasquinho com sal e outro com açúcar, a cafeteira do café, os guardanapos, as colherzinhas, as mantas para colocar no chão, a cadeira articulada do meu pai, os panos da loiça, a toalha de mesa e uma mesinha pequenina cujas pernas se dobravam. Romaria ao cemitério da Conchada a comprar as flores e a acompanhar a Mimi que visitava os defuntos todos. Os dela e os dos vizinhos. Na altura, eu não tinha defuntos. Aprendi os rituais. Depois das orações e do passeio silencioso pelo jardim dos mortos, enfiávamo-nos todos na 4L do meu pai e lá íamos a caminho de Santa Quitéria, ali para os lados de Pombeiro da Beira. À chegada, era ver as gentes montanha acima e montanha abaixo espalhadas, acendendo lumes, oferecendo do seu vinho a provar, as famílias trocando abraços. Seguia-se a peregrinação de ir comprar pão, castanhas, uns chouriços, umas morcelas e, claro, as febras. A passagem inevitável pela capelinha da Santa e depois o nosso próprio ritual de acender o lume, a Mimi de volta dele com uns gravetos que eu e a minha irmã tínhamos ido apanhar pelo pinhal, e a dar-lhe com o abano, a minha mãe temperava a carne e o meu pai sorvia aqueles momentos como se soubesse que nos deixaria neste mundo antes de todos os outros e quisesse aproveitar cada segundo. Comíamos e bebíamos, conversávamos e depois procurávamos um poiso para olhar o céu por entre as ramagens dos pinheiros enquanto os adultos dormiam a sesta.

Aqui onde vivo não é feriado. É um dia de trabalho normal. E isso magoa-me, como me magoou a suspensão desse feriado nos últimos anos. É que, agora, infelizmente e porque o Senhor Tempo não para, já tenho defuntos. A Mimi, velhinha, de cancro, o meu querido pai, que tanta falta me faz a cada segundo que passa, aos 65, do coração, a minha avó Ana, do pâncreas, o meu avô Velez, de cansaço, a minha avó Letícia e o meu avô Francisco, tanto quanto sei, de velhice… e tantos outros que me povoaram a infância… estes são os meus Santinhos, as almas por que rezarei amanhã. Não é uma coisa que se resuma à religiosidade do dia. É a tradição de manter a família unida, vivos e mortos, num só ritual. É uma evocação dos tempos em que fui mais feliz porque, nesses dias, havia toda uma vida a viver, e tudo era duradouro e seguro e eterno. E todas as minhas decisões eram claras e óbvias e todos os meus gestos eram simples e imaculados.

Amanhã, para mim, não é o “Halloween”, empréstimo de outras gentes. Amanhã, é Dia de Todos os Santos e hoje é a noite de sair por aí tocando e batendo às portas, “Bolinhos, bolinhós, para mim e para vós…”

jpv


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O Melhor do Mundo

Feliz Dia da Criança