
Diz-me, meu amor…
Como é que não se faz amor contigo?
Como resistir à tentação e ao perigo
De cair em teus braços?
Como posso evitar
Teus doces afagos
E os dolentes cansaços?
Diz-me, meu amor…
Como não deslizar nas tuas linhas?
Como fugir às carícias
E impedir que tuas mãos
Se fechem nas minhas?
Diz-me, meu amor…
Como resistir às palavras
Nascidas desse sorriso que se insinua?
Diz-me, como quem me salva,
Como pode a minha pele alva
Não colar-se à tua pele nua?
E, se encontrares resposta e solução
Para que eu não caia em tentação…
Vem, meu amor, ao meu ouvido dizer
Como se não faz o que só sei fazer,
Como se vive sem se morrer…
Estando vivo.
Vem meu, amor…
Libertar meu peito cativo
E obrigá-lo a ser quem é…
Não cai, jamais…
Um homem que ama de pé.
jpv