Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Divulgando

AVISO | A EPM-CELP retoma parcialmente as aulas amanhã (17JAN13)

A EPM-CELP vai retomar amanhã (17JAN13) a atividade letiva para todos os níveis de ensino, com exceção do Pré-Escolar, uma vez repostas as condições mínimas de segurança ambiental após as fortes chuvadas registadas ontem.

Mais comunica que, a partir deste momento, também retoma o contacto com a comunidade educativa, amigos e simpatizantes através da Internet na sequência da reposição do respetivo sinal a partir das 16H30 de hoje, que fora interrompido ontem pelos nossos fornecedores.

A DIRETORA
Dina Trigo de Mira


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Conversas Vadias – Horário Zero

Conversas Vadias – Horário Zero

– Neste ano letivo que vai entrar, faço vinte anos ao serviço da mesma escola!
– Ena, ena, motivo para celebrar… devias receber um prémio.
– Já recebi.
– Não me digas, o que foi que te deram?
– No próximo ano sou “excedentária” e tenho um horário zero…
– Oops… e isso é assim?
– Sim. Parece que vinte e tal anos de carreira a educar e a instruir crianças e jovens e a servir o meu país, não valeram de grande coisa…
– Lamento.
– Também eu, também eu.

jpv


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Um singela sondagem

Querida mana,
terminou a sondagem que coloquei no nosso blogue há quatro dias atrás. Só catorze bravos e destemidos das muitas dezenas de leitores que por aqui passaram resolveram contribuir. A amostra é, portanto, pouco significativa.
E daí não retirarei conclusões para não cair no mesmo pecadilho das empresas de sondagens: estar sempre a passar ao lado!
Mesmo assim, arrisco uma ideia. A sondagem deu-me que pensar na medida em que 13 dos 14, ou seja, a esmagadora maioria, entende que as crianças passam demasiado tempo na escola. Até aqui, concordemos, ou não, a conclusão é lícita. Ela levanta, contudo, outras reflexões, mais inquietantes, talvez.

Deixo algumas, assim ao jeito de quem lança achas para a fogueira:

a) Entendemos que as crianças passam demasiado tempo na escola e que fazemos para que a situação mude? Por exemplo, que fazemos para estarmos mais tempo com elas?

b) A Escola é um lugar para aprender ou para estar?

c) Estamos convertidos em pais que “arrumam” as crianças na escola? Quem nos força a isso?

Eu não sei se tu ou as pessoas que lêem este blogue (devem ser umas três!) querem comentar estas apreensões mas, por acaso, gostava de “ouvir-vos”. Como já repararam não tenho paciência para tratar o assunto com meias palavras. Penso, até, que as meias palavras ajudam pouco. Assumamos que existe um problema e tratemo-lo com frontalidade.

Eu cá vou recordar para sempre o tempo em que ia à escola feliz e dela feliz vinha para ir ainda mais feliz às minhas aventuras e conquistas pela eternidade das tardes adentro. Havia um tempo miraculoso em que eu podia pecar, cruzar a linha das permissões porque a guarda da vigilância estava baixada. Talvez os nossos pais fizessem mais com menos. Talvez um telemóvel a tocar de 5 em 5 minutos a perguntar, na preocupaçao legítima, de quem educa “Onde estás?”, “Como estás?”, talvez sabermos sempre tudo dos nossos educandos não seja o melhor caminho. Sabes mana, eu acredito que é preciso comunicar muito com os jovens mas também considero que isso anda a ser confundido com estar em permanente contacto vigilante com eles. Uma boa conversa de quando em vez pode substituir, com competência, milhares de chamadas. De resto, quem quer saber tudo? Eu penso mesmo, à medida que vejo o meu filho crescer, que há coisas que nós, pais, não queremos saber!!!

Beijo,
mano.


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Sondagem: Demasiado tempo na escola?

[Esta é a primeira publicação deste texto: 14 de Outubro de 2009.]

As crianças passam demasiado tempo na escola
Olá mana,

li uma pequena notcícia que mora em http://www.ionline.pt/conteudo/26981-as-criancas-passam-demasiado-tempo-na-escola acerca de um estudo que defende a ideia interessante de que as crianças passam demasiado tempo na escola. Como a questão não é simples, coloquei uma sondagem aqui ao lado com uma pergunta directa e duas respostas fechadas só para ver, no universo dos leitores deste cantinho, para que lado pende a balança. Até domingo, pelas 23 horas podemos todos responder.

Ainda assim, eu penso que a questão mais importante não é se elas lá passam muito ou pouco tempo mas se estamos a fazer tudo o que é possível para que esse seja um tempo de qualidade. O estudo é interessante e surge a sua divulgação num momento crucial uma vez que se discute se a escola deve estar, ou não, aberta a tempo inteiro.

Como sabes, sou um saudosista e acredito que os nossos miúdos são demasiado vigiados, têm demasiadas resopnsabilidades, vivem demasiados problemas, são forçados a um perfil adulto desde muito cedo. Têm telemóveis precocemente, motos e carros precocemente e precocemente partilham das ventura e desventuras financeiras das famílias com que vivem. Hoje, deixa-se de ser criança muito cedo. Tinha-se a ideia de que isso acontecia no tempo de Salazar mas sendo verdade que havia uma inequívoca exploração do trabalho infantil, não é menos verdade que se brincava e corria e saltava e andava pelos campos e não se era interrompido pelo timbre metálico do telemóvel.
Crescemos muito de lá para cá. E, efectivamente, tratamos melhor as nossas crianças e protegemo-las mais. Eu só pergunto se as não estamos a tratar bem demais, a proteger demasiado? Desnecessariamente. E pergunto se a escola deve ser um repositório de crianças durante o horário de trabalho dos pais, ou se deve constituir um local onde vamos com gosto e alegria aprender as maravilhas do mundo… Ora, acontece que, dificilmente, alguém faz com gosto e alegria algo que é forçado a fazer das 8h às 17h, dia atrás de dia.

Ficam as achas. Espero que os leitores de “Mails para a minha Irmã” alimentem a fogueira! Espero que votem e comentem aqui neste post. E espero que estejam em desacordo!!! A ver se aprendemos com todos, bem entendido.

Beijo,
mano.