
Do chão folhado
E inerte,
A flor sobe ao céu
E adverte
O espírito do falecido.
Da água estagnada
E apodrecida,
Um movimento,
Uma suspeita de vida.
E do breu silencioso
Se ergue
O astro luminoso
Do olhar.
Da palavra por dizer,
A palavra dita.
E da paisagem monótona,
A tela mais bonita.
Levantou-se e andou,
Caminhou por entre as gentes
E amou.
Fez-se homem,
Foi viver
E morrer de novo
Nos braços de uma mulher,
Na fé do Povo.
Na herança
Da coisa herdada,
Há muito de tudo
E muito pouco
De quase nada.
Mas o homem ergueu-se
E andou.
E da história anónima
E misteriosa
Pouco se sabe
Para além do que amou!
jpv
10/09/2020 às 22:14
É curioso sabermos, termos a indubitável certeza, de qual é a cura e insistirmos na doença. Tanta obra de arte e ciência a gritar por isso, há tanto tempo, e permanecemos cegos e surdos aos olhares e silêncios.
GostarGostar
09/09/2020 às 23:53
Sempre ativo! Poema interessante, gostei.
GostarGostar
10/09/2020 às 00:22
Obrigado!
GostarGostar
09/09/2020 às 12:41
Lindo. Gostei muito.
GostarLiked by 1 person
09/09/2020 às 13:03
Muito obrigado!
GostarGostar