Essa cristã dicotomia.
Esse excelso apartar.
Essa terrível chaga
De por cada um no seu lugar.
Esse prémio e esse castigo,
A salvação do justo
E a condenação do iníquo.
Essa opção um dia,
Todos os dias.
Esse se
Pendendo sobre o que farias.
O meu suor na tua cama,
Outro corpo suado que me chama.
O meu corpo sobre o teu
E a sombra de outro
Desenhada no meu.
Uma visita furtiva
E um pouco de amor no regaço.
Palavras incendiadas de prazer
E outro prazer no meu espaço.
O sexo e a tentação.
As horas que passo
Em teus domínios.
E logo me chamando
Outras vozes
E outros desígnios.
Há um céu e um inferno
Um gesto brusco e outro terno.
Há um chegar e um partir.
Há uma fuga de mim
E um perseguir
O sonho de querer-te,
Ser feliz…
Rotina de paixão sem fim.
E há uma oração
Em teu corpo nu e ajoelhado
Traçando com precisão
A distância entre Deus e o Diabo.
jpv

17/03/2015 às 09:51
Um jeito atrevido… talvez… ou será simplesmente a vida?
…
Gostei, JP!
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17/03/2015 às 10:01
Obrigado D! O melhor de tudo, mesmo, é ter-te de volta! jpv
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