[Violenta explosão de um carro-bomba em Mosul, Iraque. Prisão de 2 líderes da Al-Qaeda em Punjab – Paquistão. Prisão de 13 supostos terroristas na Inglaterra. O Banco Riggs (Estados Unidos) inicia auditoria interna nas contas de Augusto Pinochet. Polícia de Inglaterra prende mais de 50 pessoas acusadas de pirataria. O piloto alemão Michael Schumacher conquista o seu 7º título mundial de F1.
Olá mana!
Nem todas as mulheres que têm filhos são mães!
Já não caçamos. Vamos ao supermercado. O mais parecido que temos com caçar é um ritual de amontoar papéis burocráticos que entopem os canos das armas. Os tiros, quando surgem, já vêm desfalecidos do poder de caçar. Já vem morto o respeito pela presa.Já não procriamos. Fazemos amor. Como se estas duas coisas pudessem ser uma só!
Já não comemos nem devoramos. Trinchamos, limpamos a comida e quando chegamos a dar a dentada já não sabemos o que estamos a morder! Os alimentos não são o que são. Não cheiram ao que são.
Ora, mana, hoje venho cantar a nossa mãe. Venho lembrar-te as pequenas coisas que a fizeram grande. O tom calmo e pausado que punha na voz com propriedades verdadeiramente anestésicas para o medo que lhe acabáramos de revelar. O tom despreocupado com que dizia “isso não foi nada” depois de um sopro no local da ferida. A firmeza com que nos defendia dos outros quer tivéssemos razão, quer não… as contas ajustavam-se portas dentro. A zanga no desrespeito, a exigência de fazer crescer, a palmada no momento certo… às malvas a pedagogia. Crescer é sofrer para aprender a resistir. O ir connosco no primeiro dia de escola, o leite quente de manhã, o preparo do piquenique de casa às costas até com um saquinho de detergente e outro de sal. As batatas fritas, o “até amanhã se Deus quiser” e o riso…
Beijo.
Mano.
12/07/2009 às 15:22
O dom da entrega. O fascínio de se ver e ter em cada filho, prolongamento natural do sangue, da carne e do amor irrepetível. Ser mãe é ser assim, como referes: ter a grandeza do esquecimento de si e uma inacreditável “omnisciência”. Quando diante dos nossos olhos está aquele que embalámos e apertámos tantas vezes contra o peito, sussurrando “a mãe está aqui”, somos a mãe. Ele é “nosso”… E o mundo eclipa-se. Obrigada, João, pela partilha.
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08/07/2009 às 00:19
A emoção das palavras do João sobre a sua Mãe é simplesmente fascinante. Ver que ainda existem Homens, nesta terra estéril de sentimentos, para quem o saber sentir com os olhos do coração e com eles aprender, é uma forma de estar na Vida. Não sou tua Mãe, mas uma coisa eu sei, se ela lesse este artigo, com certeza diria com uma lagrimita no olho:”Obrigada meu filho”.
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