
No limite da palavra
E no limite do gesto.
No limite da carícia
E no limite do funesto.
No limite da tentação
E no limite da conjura.
No limite da revelação
Da atitude mais impura.
A nau naufragou
Porque tinha de naufragar,
Não há não quem navegue
Onde não haja mar.
E ficam nautas suspensos
E outros afundando.
Todos têm destino,
Seja prazeroso
Ou nefando.
Uns se erguem
E cruzam a rebentação
A poder de braços.
Outros olham o horizonte
E veem metros escassos…
No limite da coragem
E no limite da lucidez.
No limite da voragem,
A grandeza ou a pequenez.
jpv