
Não é possível descrever-te
Sem mencionar dragões a cuspir fogos
De entusiasmos imprevisíveis.
Não é possível evocar-te
Sem sentir na pele o sopro do vento
No sussurro de searas ondulantes.
Não é possível imaginar-te
Sem mares azuis e ilhas desertas
Sob bátegas de água
Galopando relâmpagos e trovoadas.
Universo de lágrimas fáceis e sentidas
Enamoradas de gargalhadas cristalinas.
Determinação de mulher.
Insegurança de menina.
Não é possível descrever-te
Sem mencionar incoerências lógicas
E a leveza do passar.
Não é possível evocar-te
Sem sentir o odor de mulheres sensuais
Bailando ao som de melodias exóticas.
Não é possível imaginar-te
Sem atitudes ousadas e desarmantes
Onde antes morava a impossibilidade.
Universo de Causas, de Amor e de Fé
Enamorada de silêncios longos
E espaços reclamados.
Obstáculos tombados,
Convicções erguidas.
Dar e receber sem tempo
Nem medidas.
Tu.
jpv