
O marinheiro na proa sentado
De um navio sem préstimo
Há muito naufragado.
Apoia-se na amurada
E vem espreitar.
O marinheiro não vê nada
A não ser o mar revolto.
Há muito que perdeu o balanço.
Já não pode,
Já não vai a jogo.
Encolhe-se e reza, perdido,
Sob os céus de fogo.
jpv