Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Poloni – In Memoriam

Teve uma vida repleta e intensa.
Não morreu novo, mas poderia ter vivido mais.
O Poloni gostava, sobretudo, da companhia das pessoas.
E amava o mar. Enfrentava ondas enormes, vinha de lá enrolado em água e cheio de areia, sacudia-se e voltava a investir. Nunca teve medo do mar.
Adorava caçar caranguejos nas areias da praia de Chongoene.
Rosnava a quem não lhe agradava e detestava ser encurralado em espaços exíguos.
Enroscava-se na sua cama ao fundo do quarto e tudo estava bem desde que sentisse pessoas. Por vezes, a meio da noite, desatava a ladrar que nem um louco como se lhe tivesse sido confiada a missão de acordar todo o mundo adormecido. Era um bom guarda.
Gostava de comer sem ser incomodado e roubava sempre um lugar no sofá ou mesmo um sofá inteiro.
Onde quer que esteja, está no melhor dos locais e, por certo, anda a enfrentar ondas marinhas.
Foi feliz e gerou felicidade à sua volta.

jpv