Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Vermelho Direto – O Tribunal do Bruno

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Vermelho Direto – O Tribunal do Bruno

Será que o Presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, vai colocar-se a si próprio em tribunal? Devia! Utilizando o seu próprio critério de ‘contratações duvidosas’ e se quiser ser coerente, Bruno de Carvalho tem de sentar-se no banco dos réus por gestão danosa. O Sporting perde prestígio desportivo, joga mal, não concretiza, e, com meras quatro jornadas volvidas, começa a ver a promessa do título a esfumar-se muito antes do tradicional Natal!

Nós, benfiquistas, e qualquer português que goste de futebol, queremos um Sporting forte, que dê luta e dignifique uma instituição que já tantas alegrias deu aos seus adeptos e aos portugueses. Acontece que, como escrevi na última crónica, o Sporting está fraco e a razão é óbvia. Tem um plantel paupérrimo. Não tem um único jogador de dimensão internacional e não tem um único jogador que faça a diferença. Slimani joga na seleção da terra dele porque lá na terra dele só há dois avançados e o outro está lesionado. William Carvalho é uma excelente promessa de um excelente jogador que faz excelentes passes para trás e para o lado. Tal como o André Gomes e o André Almeida , para não dizerem os leitores que sou um benfiquista faccioso, o William Carvalho só vai à Seleção porque, como diz o CR7, e bem, em Portugal é difícil encontrar jogadores de topo. O Esgaio é bom para o Paços de Ferreira, o Jefferson é medíocre, o Nani morreu, o Capel só tem um pé, etc, etc, etc… Acusou-se o Belenenses de só jogar à defesa e fazer anti-jogo. É o que fazem todas as equipas modestas quando vão a Alvalade, às Antas ou à Luz. O Sporting, o Porto e o Benfica têm a obrigação de contrariar isso e ontem os leões não contrariaram. O Sporting não ganhou ontem porque não tem equipa para ganhar ao Belenenses. A qualidade dos jogadores vai de má a muito má. E ponto. Ora, enquanto o seu presidente ataca os árbitros, os adversários, o sistema e promete salvar o futebol português de si  mesmo, esquece-se de dirigir o Sporting que é a única coisa para que foi eleito e atira-se à lama do rídiculo quando contrata japoneses duvidosos e coloca cláusulas de sessenta milhões de euros (!!!). É preciso que o Sporting esteja à altura da grande instituição que grandes presidentes construíram.

O Benfica percebeu que não tinha banco e que a equipa estava curta e entretanto reforçou-se. Nada de extraordinário, mas o suficiente para esconder algumas carências. Na sexta-feira fez uma exibição medíocre que só foi disfarçada por via de um adversário muito fraco e  pela inspiração do Talisca que não é nada um grande jogador. É um tipo desajeitado e de morfologia pouco adequada àquela posição. Foi um resultado enganador. Ainda não se viu o coletivo. Acontece que, ao contrário dos adversários da segunda circular, no plantel do Glorioso há uns moços, como o Salvio, que, de repente tiram golaços da cartola e determinam o curso de um jogo. Este Benfica ainda tem muito para crescer e é importante que os árbitros não errem a favor do SLB como aconteceu na sexta-feira com o fora-de-jogo mal assinalado a um avançado o Setúbal para se perceber qual é a capacidade que a equipa tem de reagir a uma adversidade. A verdade é que, na semana passada, a jogar com o debilitado Sporting, quando o guarda-redes, num erro inadmissível, ofereceu o empate ao adversário, a equipa dominou, poderia ter goleado, mas não marcou. E o resto é história. E é uma história que anuncia uma campanha europeia carregada de desilusões. Este nosso Benfica ainda tem capacidade para lutar pelos títulos internos, mas não tem qualquer capacidade de resposta nas competições europeias.

Quem se ri disto tudo é a solidez do futebol musculado do Porto que, ao contrário do que se anseia ali para os lados da segunda circular, hoje não vai perder pontos. E, se perder, isso são muito más notícias para o Sporting. Significa que vai ter no Guimarães um adversário à altura na luta pelo terceiro lugar do campeonato.

E qual é a importância disto tudo? Nenhuma. Futebol não é assunto, é distração.

Tenho dito!

jpv


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Vermelho Direto – Quem Ganhou o Dérbi?

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Vermelho Direto – Quem Ganhou o Dérbi?

A meu ver, quem ganhou o Benfica – Sporting desta noite foi o F.C. do Porto. E nem sequer faço esta referência porque o Porto ganhou tranquilamente ao Moreirense e ficou à frente na classificação. Faço-a porque é, nesta fase, a equipa mais bem preparada, que joga melhor futebol e que tem mais recursos. Se o panorama não se alterar, o Porto será campeão tranquilamente.

O Sporting continua fraco. É a pior das três equipas. Joga muito pouquinho, não obstante estar muito bem organizada. Esta noite, empatou sem ter construído um único golo. Limitou-se a aproveitar um erro indesculpável do guarda-redes benfiquista que está a precisar de descanso e… um par de patins. A equipa promete e até tem soluções, mas não é incisiva nem tem maturidade. E, ao contrário da maioria dos adeptos de futebol, eu não penso que o Nani tenha sido uma boa aquisição. Veio tirar a oportunidade a verdadeiros bons jogadores como o Mané, por exemplo, além de ser um jogador já muito lento e previsível. Se o jovem William Carvalho for transferido até amanhã à noite, o Sporting torna-se uma equipa vulgar.

O Benfica tem uma boa estrutura e ainda conserva bons jogadores. Os suficientes para jogar francamente melhor que o Sporting. Contudo, se a venda de jogadores se consegue disfarçar em campo, ela é confrangedoramente visível no banco de suplentes. Esta noite, Jorge Jesus fez uma substituição aos 86 minutos. Não é que não quisesse fazer outras, mas não tinha lá ninguém. E é por aí que a época nos pode correr mal. A verdade é que sem banco de suplentes e com a possibilidade ainda bem provável de Enzo ser transferido, o Glorioso fica sem argumentos para discutir qualquer título.

O jogo foi muito equilibrado e o resultado aceita-se embora só o Benfica tenha procurado ganhar. O árbitro esteve bem. Penso que se equivocou na jogada em que mostrou cartão amarelo ao Maxi Pereira. Nessa jogada deveria ter expulsado o jogador do Sporting por agressão. A fama e, em muitos casos, o proveito do Maxi, hoje, custaram-lhe caro. Em todo o caso, não era fácil ver o movimento do jogador do Sporting. Jogo morno, num início de temporada também a meio gás.

Tenho dito!

jpv


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Vermelho Direto – Novo Ano, Velhos Hábitos

66284-red-card-sexyVermelho Direto – Novo Ano, Velhos Hábitos

Começou a nova época futebolística, mas quase podia dizer-se que tinha continuado uma das anteriores. Há poucas mudanças. Ainda só se jogou uma jornada e os três candidatos do costume ao título já estão nos primeiros lugares: Benfica, Porto e Braga.

Muito se disse acerca dos maus resultados do Benfica na pré-época, mas a verdade é que a equipa disse presente. Já ganhou  a Supertaça e venceu, sem espinhas, o Paços de Ferreira, na primeira jornada. Ainda não é o Benfica da época passada, mas está próximo disso. A pré-época foi só isso mesmo. Os jogos a sério começam agora e nesses as vitórias têm surgido. Claro que os jornais venderam a equipa toda, mas afinal, a sangria não foi assim tão desatada.

O Porto está bem. Fala-se muito espanhol para aquelas bandas, mas a verdade é que a equipa está competitiva e vai ser uma candidata séria ao triunfo nas diversas competições em que estiver inserida.

O Braga melhorou imenso com o novo treinador, Sérgio Conceição, e volta a perfilar-se com a ambição que se lhe reconheceu recentemente.

O Sporting foi a equipa que começou mais instável. No mesmo jogo, jogou bem, jogou mal, cometeu erros desastrados, viu um jogador expulso e sofreu um golo nos descontos. Na pré-época as coisas correram bem, mas entretanto acabaram os jogos a brincar e, como se já não bastassem as naturais dificuldades da competição, a organização do clube e, em particular, o seu presidente, resolveram ser vedetas. Geriram mal e publicamente assuntos que careciam de tato e privacidade. E, de repente, a equipa vê-se auto-privada de dois titulares indiscutíveis, bons jogadores, com excelentes registos pelas suas seleções no recente Mundial de Futebol.

E pronto, é quase tudo. Uma nota para referir que considero uma decisão descabida o facto de regressarmos a um campeonato com mais equipas, 18, é absolutamente de loucos e só num país à deriva é que as autoridades permitem esta mudança.

Para já é tudo, a bola continua a rolar dentro de momentos.

jpv


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Vermelho Direto – Duas Épocas de Sonho

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Vermelho Direto – Duas Épocas de Sonho

Ao contrário da maioria, eu não acho que o Benfica tenha feito uma época de sonho. Penso, e já escrevi, que o Benfica fez duas épocas de sonho. A do ano passado e aquela que terminou hoje. O ano passado não se trouxeram os troféus para a Luz, mas ganharam-se quase todos os jogos e os adeptos passaram o ano em festa. Este ano foi tudo isso mais os três troféus numa sequência inédita! E ainda com direito a fazer uma perninha bem digna nas competições europeias estando em duas finais consecutivas.

Todos aqueles que o ano passado gozaram com o Glorioso e fizeram aquelas piadas dos melões e aquele gozo do quase e do ajoelhar, este ano tiveram de engolir os melões todos e da pior forma. Ficaram todos longe do quase e todos ajoelharam para que se erguesse, em triunfo, a nação benfiquista! É que não só o Benfica ganhou os troféus como derrotou os seus mais diretos adversários em todas as competições. No campeonato, ganhou ao Porto quando foi preciso e fê-lo de forma inequívoca. Empatou em Alvalade e ganhou de forma arrasadora ao Sporting na Luz, naquela que foi uma das piores exibições dos leões na temporada. Por causa da falta do William Carvalho? Claro que sim, mas os grandes clubes, aqueles que conquistam títulos, têm plantéis para a época inteira e não vergam às primeiras contrariedades. Na Taça da Liga, O Benfica eliminou o Porto nas Antas! Na Taça de Portugal eliminou o Sporting, depois o Porto e por fim ganhou à segunda melhor equipa deste ano a jogar em Portugal: o Rio Ave. O Benfica aprendeu. E fez das derrotas vitórias. Mas em bom. Se o ano passado tinha discutido até ao fim três competições, este ano discutiu quatro e dessas ganhou três. Não houve, em Portugal, um rival à altura. Soçobraram perante a superioridade do SLB. E, na Liga Europa, é verdade que não trouxe a Taça, mas saiu da competição sem perder um único jogo!

O Benfica foi a melhor equipa portuguesa logo seguido do Rio Ave e, depois, do Sporting que parece querer reerguer-se e nós, benfiquistas, queremos que o faça porque preferimos ganhar ao Sporting quando está bem do que quando se encontra envolto em problemas. No reino do leão, de resto, a época foi fraquinha, à exceção de dois aspetos relevantes: a construção de uma equipa jovem e com futuro e o regresso às competições europeias, que se saúda. As deceções foram, sem sombra de dúvida, três. O Sporting de Braga, o Porto e… o primeiro treinador do Porto, esta temporada, Paulo Fonseca.

E porque a memória não pode ser curta, uma breve palavra para Paulo Fonseca. O ano passado, após a vitória do Porto sobre o Benfica na penúltima jornada, o campeonato não ficou logo entregue. O Porto precisava de ganhar a um surpreendente Paços de Ferreira que tinha garantido a participação na Liga dos Campeões com um inédito 3º lugar no campeonato nacional. Logo, a deslocação do Porto a Paços de Ferreira seria difícil. Se houvesse dignidade e honestidade por parte de ambas as equipas. Mas não houve. O Paços foi macio, não defendeu, não atacou, ofereceu a vitória ao FCP de mão beijada que nem teve de esforçar-se muito. Bastou marcar um penalti inexistente sem que os jogadores do Paços reclamassem. No fim do jogo, estranhou-se que o treinador do Porto, Vítor Pereira, beijasse e abraçasse o treinador do Paços: Paulo Ferreira. O mesmo Paulo Ferreira que dias depois foi anunciado como novo treinador dos azuis e brancos. Pode ser tudo uma carrada de coincidências, mas porque se daria Deus Nosso Senhor, que tem mais o que fazer, ao trabalho de humilhar Paulo Fonseca se tudo tivesse sido uma inocente coincidência? Como diz o Povo: cá se fazem…

Por fim, enaltecer o trabalho do presidente do Benfica e do seu treinador, Jorge Jesus. O tal que dá pontapés na gramática e acardita sempre! E foi de tanto acarditar que conseguiu a proeza inédita de limpar os três troféus internos no mesmo ano.

 E agora que a segunda época de sonho consecutiva acabou, a nação benfiquista pode descansar e usufruir. Para o ano há mais. Que ganhe o melhor. Este ano, o melhor, equipou de águia ao peito!

Tenho dito!
jpv