Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Vermelho Direto – Crónica Polémica sobre o Colinho!

benfica-bicampeao-34Já está! Doa a quem doer, o Benfica venceu o seu 34º título nacional e é bicampeão nacional.

Esta crónica não será simpática. Não pretende sê-lo. Será o reflexo racional e desapaixonado da forma louca e apaixonada como vivo o meu Benfica.

Mérito
É todo dos jogadores, da equipa técnica e da direção do SLB. O Benfica é, neste momento, o clube mais bem gerido de Portugal. Supostamente ia perder tudo porque vendeu todos os bons jogadores que tinha. E, afinal, quem se lembra deles? Jorge Jesus geriu o plantel com muita sabedoria, foi pragmático, ganhou quando precisou, empatou quando quis e perdeu quando não conseguiu melhor. Expressa-se mal, faz frases sem sentido e diz disparates, mas, que eu saiba, ninguém o contratou para dar aulas de português. Na sua profissão é o melhor de Portugal. O Benfica não jogou sempre bem, mas foi a equipa mais regular e mais competente. Há sempre quem queira provar o contrário, mas esses, normalmente, terminam o campeonato com menos pontos. Jesus não foi mais longe nas competições europeias porque sabia que não podia. Fez uma opção e deixou-se de ilusões. Esse realismo e esse pragmatismo deram ao SLB a vitória no campeonato. Muitos dos que gozaram com o Benfica por não ter ido além da fase de grupos na Champions, não foram a lado nenhum.

Lopatego
O treinador do F. C. Porto é arrogante. Julga-se muito culto e superior a tudo e todos. Julga-se superior aos seus colegas, aos seus jogadores e aos jornalistas. Mas não é. Tinha o melhor plantel do campeonato e perdeu. Aliás, Lopatego foi capaz de perder tudo. Tolapego tinha bons jogadores, mas nunca teve uma equipa equilibrada, pode ser um chefe, mas não é um líder. Palotego destruiu a influência de Quaresma no plantel e quando se apercebeu do erro já era tarde de mais. Aliás, Lotepago nunca admitiu que tinha errado e não foi capaz de dar os parabéns ao Benfica nem a Jesus… uma lástima este basco. Como treinador e como pessoa. Não resta este ano, aos adeptos do FCP, outra solução que não seja invocarem os títulos do passado. Atenção que o passado começa a ficar distante.

O Bruno e o Marco
Os sportinguistas andam a queixar-se das arbitragens. Há décadas. Os únicos anos em que não se queixam das arbitragens e não fazem umas patéticas tabelas classificativas com supostas classificações corrigidas dos erros de arbitragem são aqueles anos, poucos, em que ganham. Nunca reconhecem a vitória dos adversários o que é chato porque quase nunca conseguem ganhar. Aliás, ainda ontem vi uma tabela dessas, mas não estavam lá os dois pontos que foram sonegados ao SLB frente ao Guimarães por golo mal anulado. Não interessa! Tinham um bom treinador. Sim, tinham. Nenhum homem são da cabeça quer conviver com um presidente que abre frentes de batalha todos os dias, incluindo as internas, em que se ocupou a denegrir a imagem de grandes sportinguistas. Bruno de Carvalho geriu mal a época. Ponto. Esse foi o verdadeiro problema do SCP. O problema do SCP é interno! Têm excelentes jogadores, muito jovens, que precisam ser ensinados e não processados quando um jogo corre mal. Ainda não foi desta e não sei quando voltará a ser.

Colinho
O verdadeiro colinho foi correr mais do que os outros, foi ganhar mais do que os outros, foi sofrer em silêncio para gritar agora de exuberante alegria. O verdadeiro colinho foram casas com 60000 espetadores frente a equipas como o Estoril e o Penafiel. O verdadeiro colinho foi uma massa adepta incomparável em número e entusiasmo. Houve jogos em que os árbitros erraram favorecendo o Benfica, mas também os houve em que o prejudicaram, como ontem, por exemplo. E não esquecer, aqueles que acusam o SLB de colinho, que este foi o campeonato dos penaltis não assinalados contra o Porto e dos golos fora de jogo do Sporting. As equipas com maior dimensão são sempre beneficiadas, e não deviam ser, mas os árbitros não definiram este campeonato. Foi a competência da equipa benfiquista que o definiu. E o Glorioso não ganhou o campeonato porque o Porto empatou com o Belenenses. O Benfica ganhou o campeonato porque tem mais pontos ao cabo de 33 jornadas.

E agora?
Agora vamos disputar com brio e respeito pelo adversário a final da Taça da Liga e para o ano cá nos encontramos. Outra vez com mudanças, com alegrias, com tristezas e sempre com a mesma paixão. A paixão benfiquista! Estive mesmo para não escrever esta crónica, mas estou em trabalho em Nampula, no norte de Moçambique e, há pouco, cruzei-me nos corredores do hotel com um senhor muçulmano, com o seu traje típico, aquela ‘túnica’ cujo nome é thoubh ou jalabiyah, por cima do qual envergava uma t-shirt do Benfica com um enorme 34 no centro do emblema. Não me contive. Se neste fim de mundo para a geografia da minha vida, ainda havia filas de carros a buzinar às 23h, 22h de Portugal, então eu também posso amanhar umas linhas de celebração provocatória.

Benfiiiica!

jpv


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SLB Universal

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Amanhã realiza-se um jantar de celebração do triplete benfiquista da presente temporada!

Onde? Em Maputo!

A Capital Moçambicana acolhe um imenso número de benfiquistas de todas as etnias e credos e muitos estarão amanhã no “Jantar dos Campeões”. A nossa paixão pelo Glorioso e o nosso orgulho de campeões a triplicar serão excelentes motivos para momentos inesquecíveis vividos à campeão!

Mais uma vez, como é timbre benfiquista, não estamos contra nada nem ninguém, só a favor de celebrar as vitórias do SLB!

Se eu podia viver sem o Benfica? Não! 🙂

jpv


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Vermelho Direto – Duas Épocas de Sonho

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Vermelho Direto – Duas Épocas de Sonho

Ao contrário da maioria, eu não acho que o Benfica tenha feito uma época de sonho. Penso, e já escrevi, que o Benfica fez duas épocas de sonho. A do ano passado e aquela que terminou hoje. O ano passado não se trouxeram os troféus para a Luz, mas ganharam-se quase todos os jogos e os adeptos passaram o ano em festa. Este ano foi tudo isso mais os três troféus numa sequência inédita! E ainda com direito a fazer uma perninha bem digna nas competições europeias estando em duas finais consecutivas.

Todos aqueles que o ano passado gozaram com o Glorioso e fizeram aquelas piadas dos melões e aquele gozo do quase e do ajoelhar, este ano tiveram de engolir os melões todos e da pior forma. Ficaram todos longe do quase e todos ajoelharam para que se erguesse, em triunfo, a nação benfiquista! É que não só o Benfica ganhou os troféus como derrotou os seus mais diretos adversários em todas as competições. No campeonato, ganhou ao Porto quando foi preciso e fê-lo de forma inequívoca. Empatou em Alvalade e ganhou de forma arrasadora ao Sporting na Luz, naquela que foi uma das piores exibições dos leões na temporada. Por causa da falta do William Carvalho? Claro que sim, mas os grandes clubes, aqueles que conquistam títulos, têm plantéis para a época inteira e não vergam às primeiras contrariedades. Na Taça da Liga, O Benfica eliminou o Porto nas Antas! Na Taça de Portugal eliminou o Sporting, depois o Porto e por fim ganhou à segunda melhor equipa deste ano a jogar em Portugal: o Rio Ave. O Benfica aprendeu. E fez das derrotas vitórias. Mas em bom. Se o ano passado tinha discutido até ao fim três competições, este ano discutiu quatro e dessas ganhou três. Não houve, em Portugal, um rival à altura. Soçobraram perante a superioridade do SLB. E, na Liga Europa, é verdade que não trouxe a Taça, mas saiu da competição sem perder um único jogo!

O Benfica foi a melhor equipa portuguesa logo seguido do Rio Ave e, depois, do Sporting que parece querer reerguer-se e nós, benfiquistas, queremos que o faça porque preferimos ganhar ao Sporting quando está bem do que quando se encontra envolto em problemas. No reino do leão, de resto, a época foi fraquinha, à exceção de dois aspetos relevantes: a construção de uma equipa jovem e com futuro e o regresso às competições europeias, que se saúda. As deceções foram, sem sombra de dúvida, três. O Sporting de Braga, o Porto e… o primeiro treinador do Porto, esta temporada, Paulo Fonseca.

E porque a memória não pode ser curta, uma breve palavra para Paulo Fonseca. O ano passado, após a vitória do Porto sobre o Benfica na penúltima jornada, o campeonato não ficou logo entregue. O Porto precisava de ganhar a um surpreendente Paços de Ferreira que tinha garantido a participação na Liga dos Campeões com um inédito 3º lugar no campeonato nacional. Logo, a deslocação do Porto a Paços de Ferreira seria difícil. Se houvesse dignidade e honestidade por parte de ambas as equipas. Mas não houve. O Paços foi macio, não defendeu, não atacou, ofereceu a vitória ao FCP de mão beijada que nem teve de esforçar-se muito. Bastou marcar um penalti inexistente sem que os jogadores do Paços reclamassem. No fim do jogo, estranhou-se que o treinador do Porto, Vítor Pereira, beijasse e abraçasse o treinador do Paços: Paulo Ferreira. O mesmo Paulo Ferreira que dias depois foi anunciado como novo treinador dos azuis e brancos. Pode ser tudo uma carrada de coincidências, mas porque se daria Deus Nosso Senhor, que tem mais o que fazer, ao trabalho de humilhar Paulo Fonseca se tudo tivesse sido uma inocente coincidência? Como diz o Povo: cá se fazem…

Por fim, enaltecer o trabalho do presidente do Benfica e do seu treinador, Jorge Jesus. O tal que dá pontapés na gramática e acardita sempre! E foi de tanto acarditar que conseguiu a proeza inédita de limpar os três troféus internos no mesmo ano.

 E agora que a segunda época de sonho consecutiva acabou, a nação benfiquista pode descansar e usufruir. Para o ano há mais. Que ganhe o melhor. Este ano, o melhor, equipou de águia ao peito!

Tenho dito!
jpv