A formação docente é decisiva para que a IA produza ganhos reais em aprendizagem em vez de tornar-se numa tecnologia vazia ou um risco.
AI assencial?
Professores traduzem capacidades de IA em atividades educativas significativas.
Sem formação, docentes não conseguem avaliar com precisão, porque se revelam dificuldades ou qualidade das respostas geradas.

Formação permite planear tarefas onde a IA apoia objetivos de aprendizagem, não apenas substitui o trabalho do aluno.
Gestão ética e segurança. Professores precisam saber proteger dados, garantir privacidade e ensinar ética do uso.
Diferenciação eficaz. Usar IA para personalizar apoio exige competências para interpretar relatórios e adaptar intervenções.
Confiança e autonomia. Formação reduz receios e evita uso indevido (por exemplo, dependência de respostas prontas).
Competências-chave a desenvolver
Literacia sobre como funcionam modelos de IA e seus limites.
Avaliação de ferramentas. Critérios para escolher e validar aplicações seguras e adequadas ao currículo.

Criar atividades que promovam pensamento crítico, criatividade e verificação de fontes.
Interpretação de dados educativos gerados por IA (análises de progresso).
Práticas de privacidade, consentimento e mitigação de contrariedades.
Estratégias de avaliação que combinem IA e avaliação humana.
Formatos de formação eficazes
Formação contínua e prática (mentoria, comunidades de prática), não apenas workshops pontuais.
Aprendizagem baseada em cenários reais da sala de aula e co-criação de planos de aula.
Material contextualizado (língua, currículo local) e suportes técnicos permanentes.
Avaliação e certificação dos percursos formativos para reconhecimento profissional.
Barreiras a superar
Falta de tempo e carga horária para formação.
Inexistência de infraestruturas ou acesso desigual a ferramentas.
Falta de políticas e incentivos institucionais.
Receios sobre perda do papel docente.
Práticas para governos e escolas
Priorizar formação contínua.
Incluir formação em IA nos planos de desenvolvimento profissional.

Fornecer ferramentas seguras, versões offline e suporte técnico.
Criar diretrizes éticas, de privacidade e critérios de validação de ferramentas.
Envolver professores no desenho e avaliação das soluções de IA.
Conclusão
Pensar a profissão docente e, em particular, a introdução das AI, tem de criar uma barreira substancial entre o uso de um telemóvel em sala de aula, e uma prática inserida num ato consubstanciado pelas AI.
jpv