
Há cores
Amadeiradas
Que deixam o sangue para trás.
E fica
Marcado na pele
O símbolo do pecado.
Disciplinas de carne.
O sangue corre límpido.
A fé pura
Não a fé
Dos que dizem ter fé.
Pura.
Silenciosa.
A cruz
Quando o nome dela
Ainda se ouvia
No ar.
A cruz
Antes dos pecados todos
Antes de lhe terem prometido
O que não cumpriram.
A cruz
Antes ser cruz
Era só um madeiro.
Amanhã foi ontem.
E, a estrela de David,
Antes de ser sua,
Fora de outros, já.
Foi selo de Salomão.
Em uma perspetiva,
Ou noutra,
Jorrou-se o sangue
Da plebe
Em coisas divinas.
Que eu sou do meu amado
Pelo sangue,
E ou meu amado seja meu
Pelo sangue.
E os do quarto-crescente
Embalando a estrela
De cinco pontas.
Sangue.
Essa lua, virada ao céu,
Pois está cá em baixo.
Sangue.
E essa estrela
Que representa uma outra fé,
Ou a mesma,
Que ceifa a vida
Ou a dá.
Quantos já juraram
Por ela,
Quantos morreram
E quantos foram sacrificados,
Quantos?
Sangue.
A fé
Não define as práticas
Dos humanos.
Bebido já
O sangue,
Comidas as tâmaras,
Enrolado o pão ázimo,
É hora de empunhar as armas,
Já.
jpv