
As cadeiras abandonadas
Sempre.
A paisagem é o mar,
Sempre o mesmo mar.
E as rochas
Acolhendo as bátegas
Com mais ou menos força.
Uma ave passa
De quando em vez,
O grasnar
Cortando o silêncio.
Tudo isto é verdade
E tudo isto
Tem uma repetição
Que não é própria
De um paraíso…
Falta-lhe vida…
A vida da savana!
Dos animais que se perseguem,
E comem, vorazes,
A presa.
E calmos,
Quando é preciso
Estar calmos,
E suados
Quando precisam
Suar.
E aquele, lá no alto,
Redondo,
E vermelho como nunca…
O Sol.
Quando chegarem a um local
Se o Sol não vos ferir
A sensibilidade
Ainda não é
O Paraíso…
jpv



