
Sempre à procura de prestar um serviço público de qualidade, sempre na senda de dois dedos de prosa, MPMI apresenta, a partir de hoje, conselhos práticos para cuidar da sua casa, do seu jardim, das suas plantas, da sua decoração de interior e exterior e, porque não, da sua saúde.
Antúrios

São plantas enganadoras. Por trás de um aspeto apelativo, comportam ilusões e desilusões e carecem de um cuidado quotidiano e aprimorado, talvez mesmo, vigilância, para que não deteriorem qualquer ecossistema à sua volta.
O antúrio dá-se bem em ambientes húmidos e viscosos, pantanosos e lamacentos. Alimenta-se de nutrientes que resultam da putrefação do solo. A zona atraente e vermelha não é a sua flor. É de facto uma eflorescência, ou seja, uma espécie de anti-flor. A flor é aquela formação amarela. A parte vermelha atrai os insetos que são depois desiludidos porque o que parecia não era e sobra só o pauzinho amarelo.
Fica bem numa sala ampla ou numa entrada, mas atenção, o antúrio consome imenso oxigénio e a partir de um período curto de tempo em jarra, começa logo a poluir a água e larga um cheiro fétido. Em suma, o melhor, mesmo, é mantê-lo no exterior. Dentro de casa é ideal quando vêm visitas indesejadas e queremos despachá-las rapidamente.
Enfim, a beleza inquestionável do antúrio não compensa os riscos e as desvantagens que comporta.
jpv