
Quando a urgência
Irrompe pela importância,
E quando o cálculo,
Matemático e frio,
Me abjeta a existência,
Adio-me.
E é quando me desconheço
Que procuro reencontrar-me.
E o reencontro,
Cada reencontro,
É sempre uma revolta.
Um sim absoluto,
Um não sem volta.
Não há tempo
Para morrer uma vida.
Viver não é uma inevitabilidade.
É um propósito ético,
Uma obrigação moral.
Um oásis no deserto,
A essência do temporal.
Mas a vida, em si,
Não basta.
É preciso ser feliz.
É importante a coragem
De ouvir o que o Povo diz.
É preciso ser feliz!
jpv