Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."

Também já não é Vida

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Como uma rajada,
Violenta e inesperada,
Entra o gume da faca
Na carne da alma.
A impotência do moribundo
À vista da ave
Que corre mundo
E nem sabe porquê.
O Homem é mais
Do que aquilo que vê.
A decisão retida.
A palavra contida
Em nome de uma paz
Que é morte anunciada.
Porque permanece o nauta
De olhar no horizonte
Debruçado n’ amurada
Se não há, já, porto
Para a nau triste,
Perdida e naufragada?
Há uma morte fingida,
Uma morte que não mata
Nem é saída.
E, contudo, trágica,
Também já não é vida.

jpv

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Autor: mailsparaaminhairma

Desenho ilusões com palavras. Sinto com palavras. Expresso com palavras. Escrevo. Sempre. O resto, ou é amor, ou é a vida a consumir-me! Há tão poucas coisas que valem a pena um momento de vida. Há tão poucas coisas por que morrer. Algumas pessoas. Outras tantas paixões. Umas quantas ilusões. E a escrita. Sempre as palavras... jpvideira https://mailsparaaminhairma.wordpress.com

Este é um blogue de fruição do texto. De partilha. De crítica construtiva. Nessa linha tudo será aceite. A má disposição e a predisposição para destruir, por favor, deixe do lado de fora da porta.