
Não sei, já,
Quem seja,
Que vontade me ata.
Se o amante que beija,
Se o assassino que mata.
Não conheço, já,
Os contornos de meu gesto
E o balanço de minha mão.
Autor do ato funesto
Onde, secreto, habita um coração.
Não sei, já,
O caminho certo
Do caminho
Que o homem faz.
Ainda está perto
O corpo frio
Da criatura que jaz.
jpv