
No calor da tua mão
E no embalo da tua voz quente,
Sinto que sou outra gente,
Mais gente.
Na carícia que não pedi
E no beijo de volúpia sexual,
Vivo o que não vivi
Em estio virgem e inaugural.
Trazes tentações
E promessas de eternidade.
Trazes segredos sem idade
E inesperadas revelações.
E procuro no fundo do teu olhar
Essa floresta de amor,
Essa forma de amar.
Uma mão quente.
Uma voz a embalar.
Agora já sou gente.
Agora já sei navegar.
jpv
