
Nos términos vedados pelo gigante
Não entra quem não merece.
Não entra verme mesquinho
Onde só passa alma que se levante
E coração puro que não perece.
Não pode haver tróias
Nem Aquiles letal e imbatível.
Os términos vedados pelo gigante
Não se compram com ouros e jóias
E o impossível é sempre impossível.
E seria esta a história, e só esta,
Não houvesse mão imprudente e funesta
A esventrar o ardil do cavalo.
Vem sempre de dentro o dolo.
Vem de não saber amá-lo,
Ao gigante sentado à espera
Julgando dominar os amares.
Afinal, o gigante é só um tolo.
Há um Adamastor na minha rua,
Alma gentil e nua,
De peito digno e sem medo.
E há uma Tétis…
E há um penedo.
jpv