
Quero o amor contigo
Como bênção de Deus,
Como prémio e castigo
Por meus dias sem ti.
Tu vives em mim,
És o agora e o aqui.
E tudo o que possa pedir
Ou suplicar
Fica aquém e além
Dessa forma de amar
Tão intensa
E tão entregada.
Em teu corpo
Não há tudo
Nem nada.
Há essa ausência absoluta
De limite e medida.
Tu és a meta da chegada
E o porto da partida.
Meu amor,
Meu doce, suave e terno amor…
Vem dizer-me baixinho
Que o meu desejo
É só meio caminho
De tudo
O que tens para me dar.
Vem pedir-me mais.
Vem exigir meus afagos,
Minhas carícias tranquilas
E meus sôfregos ais.
Meu amor,
Aquieta este fulgor,
Vem ser a brisa
Na tarde de calor
E inaugurar
Meu corpo no teu.
Não sei
O que seja o futuro.
Sei que o tempo antes de ti
Morreu.
jpv