Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."

Luzes

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Vi, sim,
No escuro, as luzes.
Vi os movimentos
E os reflexos.
E vi os verbos que,
Parecendo complexos,
Eram simples e banais…
E traidores.
Vi as dores fingidas
E as verdadeiras dores
De ódio e inveja.
Vi-te na conjura
E na peleja
De me armares a cilada.
Teu gesto é nada
E tua intenção vazia.
O negrume da tua alma
Não vale a luz de um só dia,
Uma hora, um segundo…
Tu não és do meu mundo
E eu desaprendi
O caminho para o teu.
Foi um ato consciente e propositado.
Não volta ao breu
Quem conheceu o caminho iluminado.
Queres apagar-me.
Queres riscar dos mapas
Os trilhos que minha mão conduz.
Não se apagam, camarada,
Os caminhos desenhados com luz.
Não és nada. Nunca foste nada.
Nunca serás nada.
Não sou nada. Nunca fui nada.
Nunca serei nada.
E a única diferença
Nestes dois termos da Lei,
É que eu…
Eu sei!

jpv

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Autor: mailsparaaminhairma

Desenho ilusões com palavras. Sinto com palavras. Expresso com palavras. Escrevo. Sempre. O resto, ou é amor, ou é a vida a consumir-me! Há tão poucas coisas que valem a pena um momento de vida. Há tão poucas coisas por que morrer. Algumas pessoas. Outras tantas paixões. Umas quantas ilusões. E a escrita. Sempre as palavras... jpvideira https://mailsparaaminhairma.wordpress.com

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