
Uma hora.
Sessenta minutos.
Três mil e seiscentos segundos.
Cada um deles
É uma eternidade,
Um tempo estrutural,
Uma fundação.
Um barquinho no temporal,
A minha mão
Na tua mão.
Cada segundo,
Não sendo nada para o mundo,
É um poço sem fundo
No amor que te tenho.
Não conheço o mapa,
Nunca vi o desenho
De estar contigo,
Mas sei este clamor,
Conheço esta força
E esta pujança
A cavalgarem-me a emoção
Quando,
Em um de três mil seiscentos,
A minha mão
Não encontra a tua mão.
jpv