Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."

Verdade

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Não há culpa
Nas tuas mãos
Quando me acariciam.
E não há crime
No teu olhar
Quando teus olhos
Me procuram.
Não há mentira
Nos teus lábios
Quando me beijas.
E não há pecado
Entre as tuas coxas
Quando me mostras
O que te peço
E desejo.
Não há cansaço nem defesa,
Não há, não pode haver, pejo
Em viver as palavras
E os gestos da alma acesa
E renascida.
Não há morte
Onde, a cada instante,
Brota vida.

Vieste como a nau

Na bruma da manhã
Deslizando sossegada
E silenciosa.
E a alma do poeta,
Habituada e ociosa,
Reergueu-se
E veio abraçar-te
E receber-te,
Veio ver-te
E acreditar.
A alma do poeta
Veio amar
Onde se podia amar.
Chão estendido e fértil,
Chão prenhe e quente,
Onde pulsa
O coração da gente.
E a gente és tu,
Pura e limpa
E diáfana,
Sem idade.
Meu Destino.
Minha Verdade.

jpv

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Autor: mailsparaaminhairma

Desenho ilusões com palavras. Sinto com palavras. Expresso com palavras. Escrevo. Sempre. O resto, ou é amor, ou é a vida a consumir-me! Há tão poucas coisas que valem a pena um momento de vida. Há tão poucas coisas por que morrer. Algumas pessoas. Outras tantas paixões. Umas quantas ilusões. E a escrita. Sempre as palavras... jpvideira https://mailsparaaminhairma.wordpress.com

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