Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."

Porto Aberto

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O azul imenso
E a distância,
A felicidade toda
No olhar de uma criança.
Um só sorriso,
Um só momento,
Um só juízo,
E tudo nasce de novo.
Tu, a majestade.
Eu, a plebe súbdita,
O povo.
Tens por coroa
Uma gargalhada cristalina,
E por cetro
A palavra imprevista da menina
Que ousa e atreve
E comanda o gesto
Que o servo conteve.
Não há praias,
Nem ondas,
Nem mares,
Que te façam justiça.
Serei sempre um lenho imperfeito,
Em seco e sem destino,
Sem mastro
Nem o nauta que iça
A vela do desejo.
Até chegares
E me devolveres à vida
Com suave carícia,
Inaugural beijo.
E haverá, então,
Um rumo certo,
Um porto aberto,
Uma mão estendida
Onde se acolhe outra mão.

jpv

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Autor: mailsparaaminhairma

Desenho ilusões com palavras. Sinto com palavras. Expresso com palavras. Escrevo. Sempre. O resto, ou é amor, ou é a vida a consumir-me! Há tão poucas coisas que valem a pena um momento de vida. Há tão poucas coisas por que morrer. Algumas pessoas. Outras tantas paixões. Umas quantas ilusões. E a escrita. Sempre as palavras... jpvideira https://mailsparaaminhairma.wordpress.com

Este é um blogue de fruição do texto. De partilha. De crítica construtiva. Nessa linha tudo será aceite. A má disposição e a predisposição para destruir, por favor, deixe do lado de fora da porta.