
Esta inconstância
E este desespero
São filhos da distância
E do quanto te quero.
Mil corações à solta
Não conhecem a emoção
De uma só e simples volta
Do teu olhar no meu coração.
Por razões que tu sabes e eu desconheço,
Fazes breves e inquietantes silêncios.
Meu amor incógnito, atende ao que te peço,
Fala comigo ou morro num desses momentos.
A nossa história não tem história nenhuma,
Num parágrafo conciso e fulminante,
Se narra a mulher que perfuma
De amor e ilusão, o peito do poeta errante.
Esse travo adocicado e floral,
Com um toque de citrino,
Converte qualquer homem comum e normal
Em doce e vulnerável menino.
jpv