
Era uma canção
Dolente e triste,
Acerca de um amor
Que não existe.
Cantava a chegada,
Em letra suave e sentida,
E o poeta, na beira da estrada,
Escrevia sobre a partida.
Tinha longas espadas
Cravadas no coração,
Todas as palavras eram douradas,
E todas as rimas soavam em vão.
E o poeta morreu à espera,
Em dor mergulhado e absorto,
Um coração sangrando no peito,
E outro na mão, frio e morto.
jpv