
Não cabe já nada
Neste abraço.
Sucumbimos à negação
E ao cansaço.
E ao medo.
No universo infinito
Das palavras apaixonadas,
Calaram-se verbos
Voluptuosos e promissores
De intenções arrebatadas.
Fechou-se o sorriso,
Perdeu-se o timbre
Da voz que prometia.
entre ti e mim,
Há, agora,
Um fogo sem fantasia.
Uma aurora pálida
E cinzenta.
Morreu a marrabenta.
Sobrou, só,
Um fado melancólico e triste.
Onde antes floriu tudo,
Já nada existe.
jpv