
Tenho poemas inteiros
Escritos a sangue
No peito.
E tenho poemas inacabados
No peito rasgados
A sangue.
Tenho palavras soltas
Sem destino nem jeito.
Restos de vida,
Gotejar impreciso
De um ideário morto.
Tenho linhas a direito
Com sentimentos a torto.
E tenho este grito
Que não sai.
Este mudo vociferar
Contra mim
E contra o fim
Que tarda em chegar.
Tenho palavras salgadas
E doces mentiras.
Tenho musas inspriradoras
E suaves liras.
E tenho este muro de impotência,
Esta coisa que não é Deus
E também não é Ciência.
Um sacrifício absurdo,
Um caminho doloroso.
Um querer tanto,
E tanto brilho,
Que torna mais penoso
O trajeto na escuridão.
Tenho tanto Sim
E vivo tanto Não.
jpv
18/09/2018 às 20:55
Desconhecia, até há uns meses atrás, esta faceta, gosto imenso da poesia que escreve. Bem Haja, como se diz cá na nossa terra. Continue a escrever, porque o faz muito bem. B
Beijinhos parabéns.
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27/09/2018 às 09:07
Muito obrigado pela generosidade e pela simpatia!
Volte sempre! É muito bem vinda por estas paragens!
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