
America Great Again…
Nem os Estados Unidos da América são só um país, nem o seu presidente é só um homem. Ou uma mulher.
O problema, esse problema que os americanos tentam hoje resolver, não é solúvel. E, a meu ver, o que é profundamente inquietante não é colocar o povo americano perante duas más opções. O que é profundamente inquietante é ter-se percorrido um longo caminho de escrutínio e avaliação para se chegar aqui e, contudo, oferecer a milhões de eleitores a escolha entre o mau e o muito mau. Será que, ao longo do processo que conduziu os americanos a esta dilacerante e fatídica escolha, não havia alguém efetivamente capacitado para o exercício de um dos mais importantes cargos do mundo?
E não me venham com a história de que isso é lá com os americanos. Tudo o que seja lá com os americanos, os russos e os chineses é com toda a gente. O resultado desta eleição afetar-nos-á a todos.
Para mim, o muito mau é Trump. O homem representa tudo o que há de mais vil e ignaro ao cimo da terra. A sua eleição seria uma regressão estupidificante do ponto de vista… enfim, sob qualquer ponto de vista.
Hillary tem demasiados fantasmas. O fantasma do republicanismo convicto do pai. O fantasma do segundo mandato do marido no cargo a que ela agora se candidata. O fantasma das acusações de fraude. O fantasma de uma primeira corrida à Casa Branca marcada pela desistência. O fantasma de Barack Obama, o Presidente com classe, com sentido de humor, sem escândalos nem suspeições.
Um é muito mau e a outra não lidera uma candidatura genuína e pujante. Parte cansada e desgastada. Uma candidata que sabe colherá muitos votos de quem não quer correr o risco de ter a Besta como Presidente de uma das mais poderosas nações do mundo. E, se ganhar, Hillary terá sobre a cabeça as damocleas espadas de todos esses eleitores de mal menor.
Não sei quem anunciarão mais logo, espero que seja a primeira mulher Presidente dos Estados Unidos da América, mas sei que amanhã a América não começa a ser great again!
jpv