
Tu não és só o filho.
És a luz no caminho de breu.
És a pegada no trilho.
És o amor que venceu.
És a minha vida noutro corpo.
És o desejo insano de estar morto…
Para que vivas.
És o querer estar vivo
Para ver-te viver.
És o paradoxo em mim.
A prisão e a libertação.
O abraço e a distância.
A lágrima e o riso,
A dor e o prazer,
A loucura e o juízo.
Tu, filho,
És tudo o que preciso
Para saber que estou vivo
E és a vida além de mim.
Meu princípio,
Meu fim.
Tu és o milagre
E a fantasia.
A verdade,
Certa e única,
De cada dia.
No teu olhar,
No teu sorriso,
Nos caracóis da tua barba
E na tua saudável loucura,
Vivem meu ímpeto
E minha doçura.
Tu és o meu errado
E o teu certo.
A minha imperfeição
E o teu gesto perfeito.
Tu és estar tudo feito
E haver tanto para fazer.
Tu és o passado nostálgico
E o futuro promissor,
Minha poesia…
Minha balada de amor.
jpv