Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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Motorcycle Chronicles – The Flight

Esta história tem uma história. Poucos dias depois de a ter publicado pela primeira vez, acusaram-me de ser imoral por tê-la escrito! Será?!

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The Flight

Dizem que, quando morremos, deixamos cá tudo, dizem que a morte é o fim de todas as coisas e há também quem diga que há vida para além da morte. Esta história não vai dizer nada disso. Vai dizer, só, que há casos em que a vida e a morte são um contínuo. Uma só e a mesma coisa.

Cartwright desliza a uma velocidade considerável na sua moto de alta potência. Vai engolindo o asfalto da serra propositadamente sem capacete. Agarrada a ele, fazendo no seu tronco toda a força que consegue com o anel dos seus braços, Judy sorve o ar fresco da manhã e cai-lhe uma lágrima porque também não usa capacete. Quando Cartwright chega ao miradouro, no cimo da serra, faz duas reduções com a caixa de velocidades, sai para o terreiro que serve de escapatória, é terra batida, trava, faz meio peão e quando…

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ErotiKa – Eduardo

Um texto erótico e antigo sobre surpresas na vida e na cama!

Divirtam-se! Hi hi hi hi…

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AVISO
Esta publicação contém um texto de teor erótico. Se se sente ofendido com textos, imagens ou quaisquer conteúdos sobre erotismo e sexualidade por favor não prossiga.
Do mesmo modo, o conteúdo desta publicação só pode ser acedido por pessoas maiores de 18 anos.
Assim, caso prossiga com a leitura, o utilizador fá-lo por vontade própria e assume ter idade para aceder aos conteúdos.
Obrigado
jpv
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Eduardo

Há quem defenda, e eu aceito, pelo menos em parte, a teoria de que o erotismo e o sexo estão, antes de mais, na cabeça.

A história que vai contar-se não pretende provar a teoria, será tão-só um reflexo dela. Quanto ao resto, caberá a cada um de vós fazer as projeções, regressivas ou progressivas, consoante os casos.

O casal é jovem. Sendo jovem, não é recém-casado. São pessoas nos seus trinta e poucos anos que levam sete de casamento. Eu não acredito…

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Citação do Puto que Percebe Disto

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“As gajas mudam um homem!”

Rodrigo Oliveira, 13 anos.

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Nota do autor do Blogue:
Estamos perante o próximo Dalai Lama!


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Cozinha para Homens – Feijoada à Transmontana

Ainda sorrio quando leio isto… Hummm que cheirinho!

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Cozinha para Homens – Feijoada à Transmontana

Não esqueçam os leitores e as leitoras de que esta rubrica se chama “Cozinha para Homens” o que equivale a dizer que MPMI não pretende concorrer com as senhoras, mas tão somente ajudar a desenrascar os machos da Diáspora Lusitana espalhados por esse mundo fora.


A presente receita pode ser muito útil a namorados, a maridos recentes e a divorciados. Os maridos acomodados tirarão menos partido, mas não faz mal nenhum lerem estas reflexões e preciosas instruções de confeção.


Toda a gente sabe que uma feijoada é uma feijoada e não dignifica nada saber fazer uma feijoada e a razão é simples, resume-se a atirar com carne de porco e enchidos para dentro de um tacho, juntar-lhe uma carrada de feijões, temperar, fazer um arroz branco e já está. Ora, isso, qualquer um é capaz. O difícil, logo, valorizador de quem for capaz, é fazer…

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Fábula da Cigarra Enquanto a Formiga Dormia

Uma vez tentei escrever um poema em prosa contando uma história. Aconteceu-me esta fábula. É um texto singelo, mas gosto dele como se se tratasse de algo precioso… jpv

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Fábula da Cigarra Enquanto a Formiga Dormia

Foi na primavera dos teus braços, enquanto a luz da vida despontava, que encontrei esse bosque de carícias e afagos a retemperar uma alma perdida e ansiosa e capaz de amar. E foi no florir sumptuoso de cores e emoções que bebi a tua água por entre sussurros e palpitações. E os passarinhos cantavam nesta história e ao fundo, num simulacro de efeitos especiais, Julie Andrews cantava a música do meu coração. E houve vivas e saudações, sombras frondosas e naturezas presentes, e houve todo o pólen, toda a magia na fábula da cigarra enquanto a formiga dormia. Adensou-se o bosque. Cresceram as árvores guindando-se aos céus e perderam-se os limites, os teus e os meus. Um lago imenso, calmo e tranquilo, reflete a luz e o caminho. Um trilho de terra com pequeninos malmequeres que não atravesso sozinho. Há um casalinho de…

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Histórias a Preto e Branco – A Arte da Vida

Um texto antigo inspirado num rapaz de Nampula onde estou hoje em trabalho. Foi bom, para mim, revisitar esta história. jpv

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Histórias a Preto e Branco

A Arte da Vida

É um homem alto, tem o carvão na pele. Porque nasceu com África nas veias e porque trabalha nas minas. Vê pouco o céu. E quando o vê, normalmente é de noite. É um tipo atarracado, mas de uma estrutura óssea larga e rija como o ferro. Ganha pouco. Melhor que muitos. O problema não é esse. São os filhos. Ele tem vontades loucas no ventre. Sai da mina, cruza-se com as raparigas nas ruas e quando chega a casa, enterra o desespero em Recebida e faz-lhe filhos. Nem sabe bem quantos tem. Foram nascendo. Deus os trouxe e a alguns os levou. Agora mesmo, enquanto empurra um carro de mão carregado de material, sabe que ela deve estar-se aliviando de uma barriga do tamanho da lua. Os filhos saem de casa cedo. Aí pelos três anos já dançam nas ruas…

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De Rerum Natura – Basta!

bastaDe Rerum Natura – Basta!

É bom que Deus, o Diabo, o Destino e todas as outras forças que gerem esta patranha a que chamamos vida se entendam. Há um limite para o que uma pessoa consegue suportar em relação à agressividade e sinuosidade com que a tal vida a trata. Cada um tem o seu. Limite. Cada um reage com as armas que tem. Há quem vá à bruxa, há quem vá à igreja, há quem faça romarias, há quem se revolte e passe a agredir tudo e todos à sua volta, há quem se interne num hospital psiquiátrico e há os que, em meio da turba de contrariedades, tentam manter o equilíbrio. Sou desses. Tento ser. Percebe-se como… escrevo. Mas, à parte estar de boa saúde, tudo o mais parece ter-se combinado para me chatear os cornos.

Está na hora de dizer basta! Chega! Vade retrum ou, como me sabe melhor, puta que pariu!

É bom que Deus, o Diabo e o Destino e mai-lo rai que parta a todos se ponham de acordo e vão bater noutro ceguinho. Um semestre a levar pancada das forças superiores é muito tempo para o que um reles mortal pode suportar. E há mais: o próximo gajo que, referindo-se ao facto de eu estar emigrado em África, disser a expressão ‘Rica vida’ ou mencionar as belas praias do Índico, ouve uma saraivada de impropérios como não julgou ser possível produzir.

Estou farto da ignorância, da perfídia, da desonestidade descarada, estou farto da chico-espertice, estou farto da dissimulação, estou farto das presunções, estou farto de estar farto e estou farto da impotência e da vulnerabilidade perante a impunidade alheia. Estou farto da Humanidade.

Deus, o Diabo, o Destino, o Karma, que se ponham de acordo e escolham outro. Para mim, BASTA!

jpv


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Vermelho Direto – Crónica Polémica sobre o Colinho!

benfica-bicampeao-34Já está! Doa a quem doer, o Benfica venceu o seu 34º título nacional e é bicampeão nacional.

Esta crónica não será simpática. Não pretende sê-lo. Será o reflexo racional e desapaixonado da forma louca e apaixonada como vivo o meu Benfica.

Mérito
É todo dos jogadores, da equipa técnica e da direção do SLB. O Benfica é, neste momento, o clube mais bem gerido de Portugal. Supostamente ia perder tudo porque vendeu todos os bons jogadores que tinha. E, afinal, quem se lembra deles? Jorge Jesus geriu o plantel com muita sabedoria, foi pragmático, ganhou quando precisou, empatou quando quis e perdeu quando não conseguiu melhor. Expressa-se mal, faz frases sem sentido e diz disparates, mas, que eu saiba, ninguém o contratou para dar aulas de português. Na sua profissão é o melhor de Portugal. O Benfica não jogou sempre bem, mas foi a equipa mais regular e mais competente. Há sempre quem queira provar o contrário, mas esses, normalmente, terminam o campeonato com menos pontos. Jesus não foi mais longe nas competições europeias porque sabia que não podia. Fez uma opção e deixou-se de ilusões. Esse realismo e esse pragmatismo deram ao SLB a vitória no campeonato. Muitos dos que gozaram com o Benfica por não ter ido além da fase de grupos na Champions, não foram a lado nenhum.

Lopatego
O treinador do F. C. Porto é arrogante. Julga-se muito culto e superior a tudo e todos. Julga-se superior aos seus colegas, aos seus jogadores e aos jornalistas. Mas não é. Tinha o melhor plantel do campeonato e perdeu. Aliás, Lopatego foi capaz de perder tudo. Tolapego tinha bons jogadores, mas nunca teve uma equipa equilibrada, pode ser um chefe, mas não é um líder. Palotego destruiu a influência de Quaresma no plantel e quando se apercebeu do erro já era tarde de mais. Aliás, Lotepago nunca admitiu que tinha errado e não foi capaz de dar os parabéns ao Benfica nem a Jesus… uma lástima este basco. Como treinador e como pessoa. Não resta este ano, aos adeptos do FCP, outra solução que não seja invocarem os títulos do passado. Atenção que o passado começa a ficar distante.

O Bruno e o Marco
Os sportinguistas andam a queixar-se das arbitragens. Há décadas. Os únicos anos em que não se queixam das arbitragens e não fazem umas patéticas tabelas classificativas com supostas classificações corrigidas dos erros de arbitragem são aqueles anos, poucos, em que ganham. Nunca reconhecem a vitória dos adversários o que é chato porque quase nunca conseguem ganhar. Aliás, ainda ontem vi uma tabela dessas, mas não estavam lá os dois pontos que foram sonegados ao SLB frente ao Guimarães por golo mal anulado. Não interessa! Tinham um bom treinador. Sim, tinham. Nenhum homem são da cabeça quer conviver com um presidente que abre frentes de batalha todos os dias, incluindo as internas, em que se ocupou a denegrir a imagem de grandes sportinguistas. Bruno de Carvalho geriu mal a época. Ponto. Esse foi o verdadeiro problema do SCP. O problema do SCP é interno! Têm excelentes jogadores, muito jovens, que precisam ser ensinados e não processados quando um jogo corre mal. Ainda não foi desta e não sei quando voltará a ser.

Colinho
O verdadeiro colinho foi correr mais do que os outros, foi ganhar mais do que os outros, foi sofrer em silêncio para gritar agora de exuberante alegria. O verdadeiro colinho foram casas com 60000 espetadores frente a equipas como o Estoril e o Penafiel. O verdadeiro colinho foi uma massa adepta incomparável em número e entusiasmo. Houve jogos em que os árbitros erraram favorecendo o Benfica, mas também os houve em que o prejudicaram, como ontem, por exemplo. E não esquecer, aqueles que acusam o SLB de colinho, que este foi o campeonato dos penaltis não assinalados contra o Porto e dos golos fora de jogo do Sporting. As equipas com maior dimensão são sempre beneficiadas, e não deviam ser, mas os árbitros não definiram este campeonato. Foi a competência da equipa benfiquista que o definiu. E o Glorioso não ganhou o campeonato porque o Porto empatou com o Belenenses. O Benfica ganhou o campeonato porque tem mais pontos ao cabo de 33 jornadas.

E agora?
Agora vamos disputar com brio e respeito pelo adversário a final da Taça da Liga e para o ano cá nos encontramos. Outra vez com mudanças, com alegrias, com tristezas e sempre com a mesma paixão. A paixão benfiquista! Estive mesmo para não escrever esta crónica, mas estou em trabalho em Nampula, no norte de Moçambique e, há pouco, cruzei-me nos corredores do hotel com um senhor muçulmano, com o seu traje típico, aquela ‘túnica’ cujo nome é thoubh ou jalabiyah, por cima do qual envergava uma t-shirt do Benfica com um enorme 34 no centro do emblema. Não me contive. Se neste fim de mundo para a geografia da minha vida, ainda havia filas de carros a buzinar às 23h, 22h de Portugal, então eu também posso amanhar umas linhas de celebração provocatória.

Benfiiiica!

jpv


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A História Que Não Posso Contar

Não possojp-o-homem-do-pau e não quero…

Esta semana foi profícua em histórias. Uma delas, eventualmente ainda não terminada, tem contornos tão fantásticos quanto assustadores e é inenarrável… surpreendente, perversa, complexa e, no entanto, de uma simplicidade arrebatadora.

Ficará para um dia, quando tiver idade para dizer o que me apetece.

Aguardem-me…

Era uma vez…


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Está

Quase…