
Sem Jeito
Passo à porta
Do teu silêncio
E sinto o bater
Incerto
Do teu peito.
Bate de estranho
E inusitado jeito,
Como se não quisesse bater.
És tu que pressentes
Minha passagem,
Ou nosso amor a morrer?
É um viajante
Que desistiu da viagem,
Ou um rumor
A reviver?
E as palavras que calas,
São como letras soltas
Nos lábios
De uma criança a juntá-las.
Vivem incertas
E temerosas
Atrás da porta
Onde habita teu coração
A bater dentro do peito
Devagarinho
E sem jeito
Para eu não ouvir.
Aproximas-te a fugir
E é esse teu imperioso destino.
Amar um homem grande
Com coração de menino.
Ser mulher crescida
De corpo esculpido e feito
Onde bate um coração
Sem jeito.
jpv
22/02/2014 às 23:06
Obrigado, amigo anónimo!
GostarGostar
22/02/2014 às 22:27
Obrigado, Amiga. Volta sempre. Um beijinho. jp
GostarGostar
22/02/2014 às 22:26
Está muita bem poeta, gostei muito!
GostarGostar
22/02/2014 às 19:42
Sem jeito ficamos nós perante tão lindos versos, JP!
Adoro ler-te!
Beijinhos!
GostarGostar