Poema do Amor Incondicional
Morre na praia da intenção
O amor incondicional
Que te soprava o coração.
Vives a urgência
De uma existência
E não viste ainda
Que já morremos todos.
E resta, destes cadáveres exangues,
Entregues aos cães e aos lobos,
Provar o doce amargo
Da putrefação.
É uma estrada.
E não temos mais do que o lado a lado.
Ficamos, súbito, sem paisagem, só o nada
Como recompensa para cada corpo tombado.
E a alma, dizes-me tu, do alto das tuas barbas brancas,
Da tua inconsciência de menino.
A alma, seja o que for,
Etérea, corpórea, achada ou perdida,
A alma, meu Deus,
Não pode ser a desculpa
De desperdiçar-se a vida!
Fui já.
E já não sou.
No meu lugar jaz outro.
Respira por entre a gente
Uma alma adiada
E um corpo morto.
jpv

07/10/2013 às 19:09
Obrigado, Fernanda. Parafraseando um verdadeiro poeta: O que faz falta é “acordar” a malta” hehehe. jpv
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06/10/2013 às 20:32
DOIS…Exemplares! Se faz favor!
Espetacular! Esta poesia faz-nos acordar um pouco.
Bjs.
Fernanda
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02/10/2013 às 10:08
Obrigado, D! Sempre simpática comigo. Se um dia publicar um livro de poesia, já sei que vendo UM exemplar! 🙂 Beijinhos, jpv
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02/10/2013 às 09:14
Cortaste-me as palavras, o sopro e o movimento.
Porque, quando te leio, só se pode sentir, e nada mais resta a fazer!
JP, a tua poesia grita!
Beijinhos!
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