
Átomo de Tempo
Átomo de Tempo,
Elipse.
Um só momento,
Fulcral.
O coração todo,
Estendido.
O Anzol e o engodo,
Perdido.
O corpo e o suor
Num só.
Memória de amor,
Em pó.
Palavra e opção,
Silêncio.
Presença de mim,
Ilusão.
Não se pode ter o mundo na mão,
Vazia.
Nem a todas as noites
Segue um dia.
Os teus olhos
Não estão cegos para mim.
Eu contento-me, assim,
Com a visão imperfeita
Desta estrada estreita
E retorcida
A que uns chamam horizonte,
A que eu chamo vida.
É a tua alma que me seduz,
Não é a luz.
São as pontes,
As intermináveis pontes,
As inquebrantáveis pontes,
Que galgam rios, mares,
Planícies e montes
E me levam a beber de ti, o amor,
Em todas as fontes.
Não secaram.
Não secam.
Não secarão.
Brotam, fresco e límpido,
Todo o amor do mundo
Num só momento,
Num átomo de tempo.
jpv
31/07/2013 às 00:07
É tradução da vida em palavras, pelo poeta. humilde. grato pelas suas palavras. jpv
GostarGostar
30/07/2013 às 22:48
Como é bom alguém pôr em palavras tão belas os sentimentos que outros também sentem e não conseguem…É a arte, a sensibilidade…do poeta??? Não sei.
GostarGostar
15/05/2013 às 09:23
Obrigado D!
GostarGostar
15/05/2013 às 09:08
Uma força e um abandono intensos transparecem dos teus versos, JP!
Haverá melhor maneira de despertar que esta?
Perfeito!
=> Crazy 40 Blog
=> MeNiNoSeMJuIz®
=> Pense fora da caixa
GostarGostar