As Cores da Capulana
O Tecido da Vida
É um pano colorido,
Enrolado ao corpo,
Às formas cingido.
Tem a luz da manga
E a forma da papaia,
Pode ser teu lenço,
Mulher,
Pode ser tua saia.
Saíste na rua,
No Sábado,
E foste comprar
Tua capulana,
Na Guerra Popular.
E logo ali,
Na porta da loja,
Te fez a bainha,
Com dedo certeiro
E uma máquina antiga,
O hábil costureiro.
Cobres a tua vida,
E quando vens de parir,
Colas ao teu corpo
Um menino a dormir.
Enrolado com o mesmo colorido
Do tecido em que tinhas nascido.
Tua capulana é teu mundo,
Teu limite
E tua fronteira.
Enrolam-te nela
De pequenina,
E enrolada ficas
A vida inteira.

28/04/2013 às 23:10
Muito bem observado, amigo anónimo.
GostarGostar
28/04/2013 às 22:35
O Tecido da Vida parece-me a cor…d'As Cores da Capulana… primeira!
Um tecido imenso o que observas…
Curioso, como fica tão limitada a nossa expressão “pano para mangas”
GostarGostar
28/04/2013 às 12:13
O tecido da vida e os versos do poeta sabem envolver a leitora e encantar a alma!
Que maravilha!
=> Crazy 40 Blog
=> MeNiNoSeMJuIz®
=> Pense fora da caixa
GostarGostar