
Mar de Medos
Na sua ingenuidade,
A criança pergunta:
– Nós somos felizes, mamã?
E ela disse-lhe que sim,
Escondendo-lhe o que sentia.
Havia nessa felicidade
Um excesso,
Uma perfeição que temia.
– Tenho medo de sermos tão felizes!
Confessou na surdina da intimidade
Ao amado e marido,
No momento em que dormiam os petizes,
E o segredo não podia ser ouvido.
Mas foi.
Desfez-se a ilusão onde mais dói,
Nessa tenra e pura idade
Em que se não desconfia
Que, para além da vida,
Há realidade.
E, hoje, aqui defronte do mar,
Azul e intenso, rimbombando seus segredos,
Luto com meus e antigos medos
E quero perguntar como na longínqua manhã:
– Nós somos felizes, mamã?
jpv
02/04/2013 às 22:12
Mãezinha mai liiiinda!!!
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02/04/2013 às 21:02
Se somos felizes? Claro que sim!
Somos felizes porque o céu é azul, somos felizes porque o sol brilha, somos felizes porque existimos , somos felizes porque Deus existe, somos felizes porque temos esperança num mundo melhor onde há-de morar a paz e a justiça. Somos felizes porque nos amamos e o amor nunca falha!
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02/04/2013 às 17:03
Não havendo bela sem senão, é-o da felicidade, a sua fragilidade. E o seu inevitável fim, mais por isto ou mais por aquilo, mais cedo ou mais tarde. Devemos por isso, tudo fazer para aproveitar e acima de tudo reconhecê-los quando os temos, os momentos felizes. Desengane-se quem almeje a uma vida inteira de felicidade, pois é coisa reservada a estórias de encantar, e mesmo nessas só à última frase.
R. Mateus
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