
Palavra Indizível
Arde no peito
E sempre volta
Uma coisa sem jeito
Que se chama revolta.
Vem de longe,
De tempos sem data.
É um nó denso
Que não se desata.
É um fulgor
E um peso mudo.
É um nada
Que às vezes é tudo.
É uma gente perdida
Sem esperança
Nem vida.
É uma história
Sem raça nem glória.
É um dobrar vencido,
Um diálogo perdido,
Um caçador mirando a corça…
Uma gente sem vontade
Nem força.
É uma palavra indizível
Que se diz.
Outrora foi uma nação,
Hoje,
É só um país!
jpv
22/11/2012 às 13:01
Grato pelo seu comentário. Já estive no seu blogue… muito interessante!
GostarGostar
22/11/2012 às 12:00
Interessante este poema. Muito bem feito.
http://www.leiasempre.com/
GostarGostar
19/11/2012 às 11:02
Nada mais se pode dizer. A palavra é indizível. Resta a tristeza que assim seja.
GostarGostar