Maputo, 19 de outubro de 2012
O dia foi cansativo, muito trabalhos, algumas mudanças para gerir e o nosso corpo vinha pedindo tréguas, a cabeça cansada e muita fome. A Paula sugeriu um franguinho no Piri-Piri. Bora lá! Quando saímos do carro, a noite estava quente, um calor noturno a rondar os 30º. E havia no ar uma humidade que se sentia na pele. O vento não se mostrava. Era, por isso, uma noite calma, quente e húmida. Ficámos na esplanada e quando já estávamos a acabar a refeição, levantou-se um vento forte e repentino de fazer voar os guardanapos de papel, levantar as toalhas das mesas, as saias das senhoras que se seguravam a elas como podiam, os cabelos desalinhados, folhas pelo ar e súbito uma bátega de água forte e certa. Pagámos e fugimos para casa. Assim que chegámos, o céu rebentou num clamor de assustar. Os relâmpagos eram tantos que não acabavam uns para logo se verem os flashes dos outros, nem eram a seguir uns aos outros, eram em simultâneo. E, sobretudo, eram de uma claridade intensa e muito próxima. Os trovões eram mais espaçados, mas de uma força assustadora, tudo parecia tremer e alguns quase faziam acreditar que o céu se estava a rasgar, tal a a intensidade e a proximidade do som. A chuva continuou certa e encheu as ruas. Subiu do chão um profundo e inconfundível cheiro a terra molhada. E tudo isto demorou meia hora. Agora, restam só resquícios longínquos do poder que há pouco se mostrou sobre Maputo. Rápido e intenso. Durante a tempestade o R. ligou-me. Também está a chover aí? Sim, bastante, isto é forte! Forte? Ainda não viste forte. Isto é médio!

24/10/2012 às 06:59
Obrigadinhos meus e bjinhos da jane, grande mafarrico, Hélder!
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24/10/2012 às 00:41
parabens pela tuas crónicas tao coloridas cumps para a tua jane…
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22/10/2012 às 18:40
Amigo João, sei bem do que dizes. Vivi de perto essas trovoadas e ainda me lembro. Mesmo assim tenho saudades. Um abraço. Jorge
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21/10/2012 às 17:01
Eu morei um ano no Brasil e tb me surpreendeu a trovoada. Quem não sai da Europa raramente conhece uma trovoada de meter respeito.
Descrições sentidas… pareceu-me ver os clarões.
Abraço
Ruthia d'O Berço do Mundo
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20/10/2012 às 23:35
Oi Primo! Boa Viagem de regresso… Eh pá, espero viver algumas fortes por cá! jpv
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20/10/2012 às 22:49
Esta foi uma forte … 🙂
http://www.youtube.com/watch?v=qHytruMMawI
Abraço;
Marco Oliveira
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20/10/2012 às 07:55
Obrigado, D, pelo teu comentário. Simpático, como sempre.
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19/10/2012 às 23:02
Sei que estou bem longe desse país que te acolhe, mas prometo que senti aquele respeito que sempre me invade quando presencio um trovoada.
Sabes fazer ver as coisas que descreves!
Abraço.
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