Mão Divina
Cai certa,
Esta chuva,
E em profusão.
Escorre pelas paredes,
Galga o chão.
A cada esquina,
Um riacho encontra outro,
E a carreira que era fina
Agora abre rios
De lavar a cidade.
Arrasta as folhas
Varridas e amontoadas.
Empurra terras e areias
E as garrafas abandonadas.
Traz esse silêncio
E esse respeito
Que é desfazer
O que o homem tinha feito.
E passam três crianças
Em calções e descalças,
Trazendo por seu
Só isso
E a chuva que cai do céu.
Ressoa forte
E sonora
Nos telhados aqui à volta.
Um homem que esperava
Foi-se embora…
E passa esta mão
Divina
Banhando a cidade,
Recolhem-se as pessoas,
Expõe-se a verdade.
jpv

14/10/2012 às 20:49
Obrigado, Marilene, pelo seu comentário. As tempestades revolvem as verdades!
GostarGostar
14/10/2012 às 20:34
E quantas verdades são expostas durante e após as tempestades! Lindo poema! Abraços
GostarGostar
14/10/2012 às 14:54
A chuva limpa a alma 🙂
Gostei do poema 🙂
Beijito*
GostarGostar
13/10/2012 às 21:28
Muito obrigado pelos vossos comentários, minhas amigas, é um prazer saber que continuam visitando este cantinho. jpv
GostarGostar
13/10/2012 às 18:04
Sempre belos escritos, Parabéns.
GostarGostar
13/10/2012 às 17:50
A chuva lava tudo. Inspira ao poeta versos límpidos e sentimentos intensos traduzidos em beleza.
Gostei imenso, amigo.
GostarGostar
13/10/2012 às 11:09
A verdade nua…
Gostei deste poema!
Beijo
GostarGostar