
Pergunta muito específica que fiz a mim próprio sem obter resposta
Onde está a medida?
Onde jaz a melodia?
Onde vagueia meu ser?
Numa bala perdida?
Numa arma vazia?
Numa profunda ferida
Que não sara?
No sangue que jorra
E não para?
Nas minhas mãos
Abandonadas no teu corpo?
No homem que fui,
Agora morto?
Onde está a medida?
Vale a pergunta
Sem resposta?
Serve a mentira
Pela verdade composta?
Onde está a medida?
No corpo?
Na alma?
Na palma
Da mão?
Dentro ou fora
De meu coração?
Onde está a medida
Da infância perdida?
Da morte?
Da vida?
Onde está a medida?
jpv
30/05/2012 às 16:09
Bonito o poema! Se é que se pode dizer “bonito” a um drama interior.
GostarGostar
30/05/2012 às 15:27
Obrigado, caro/a anónimo/a, pela generosidade das suas palavras.
GostarGostar
30/05/2012 às 14:58
Pungente, triste, avassalador e muito mais. Não existem palavras suficientes para descrever este belo poema.
GostarGostar