
Friso
Vi no friso à contraluz
Uma ideia que germina
Uma imagem que produz
Sofrimento.
Eras tu partindo
Livre e liberta
Era eu sentindo
A porta fechada,
A janela aberta.
Houve em mim
E no friso,
O raciocínio
E o juízo
De querer prender-te livre,
Libertar-te presa.
E nessa ideia que tive,
Vivia a chama acesa
Deste paradoxo amado,
Deste desejo infiltrado
Desta vontade indomável.
E tu pacificaste-me a alma.
Entregaste-me com calma
A tua vida
Como se fosse coisa pouca.
E eu fiquei suspenso
De gesto tão intenso
E tão abandonado à fortuna.
Senti-me um friso de vida
Sustentado por grácil coluna
Firmemente erguida.
jpv
27/01/2012 às 01:02
Simplesmente digo “Belo” como todos os poemas que escreve. Nunca deixe de escrever poesia porque as suas palavras transmitem o que sinto e não sei dizê-lo, apenas sentir.
Bem haja por quem é.
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26/01/2012 às 22:34
Que lindo JP! Tão bonito, tão profundo! Parabéns!
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