Mails para a minha Irmã

"Era uma vez um jovem vigoroso, com a alma espantada todos os dias com cada dia."


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"Com Amor," – Documento 19

Rui, fiquei preocupada com o teu mail anterior. Não quanto a Deus e ao entendimento que temos da Sua presença nas nossas vidas. Esse assunto fica encerrado por agora.

Mas o teu PS. Não sei se escreveste o que escreveste consciente das implicações do que lá está escrito. Não sei se aquilo era um lançar de escada, como se costuma dizer, se era uma forma amistosa de terminar um texto, ou se há, por trás do que lá está escrito, um universo de sentimentos sérios e significativos. As mulheres, Rui, esta mulher, Rui, não brinca com certas palavras ou, pelo menos, não as usa levianamente.

Surpreendeste-me.Há ali um atrevimento que vindo de ti não me espanta. Só não sei o exacto teor dele. Fiquei preocupada, Rui. Preocupada e perdida.

Beijo,
Verónica.

PS: Se estiveres no meu caminho, não sei em que caminho estou.


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"Com Amor," – Documento 18

E quem me pôs no teu caminho para te ouvir?
Eu posso ser o instrumento de Deus na tua resiliência com Ele. Já te disse, não sou nenhum beato puritano, mas não viemos do nada nem estamos sós.

Rui

PS: Tu precisas de amar, Verónica. precisas muito de amar. O teu caminho é o amor e eu estou no teu caminho.


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"Com Amor," – Documento 17

Já te disse uma vez, Rui, que a minha religião é o amor. Vou tentar pacificar o meu coração numa convivência tácita com Deus, uma espécie de pacto de não agressão. Mas não Lhe concedo mais do que isso. Até tu, Rui, até mesmo tu que me enervas e me irritas com o teu atrevimento e despudor, já fizeste mais por mim do que Deus.

Tu OUVISTE-ME, Rui!
Verónica