Era uma ave de arribação, ou seja, não tinha passe. Passageira pontual, muito provavelmente de ir ao médico. Fica desde já esclarecido que não vou gozar com a pessoa. Longe de mim. Só escrevo sobre ela porque me impressionou. Um destes dias, sentou-se à minha frente uma senhora pequenina, tão pequenina que, sentada no banco do comboio, mal chegava com os pés ao chão. Ao lado dela, a filha tomou também seu lugar. A senhora tinha o olhar meio revirado. Coloquei a música nos ouvidos e pensei: “Sem história”. Enganei-me.
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Passados uns minutos, ainda o cheiro a Entroncamento devia ocupar o ar, ela começou a comer. Pacotes de açúcar. Não contei porque não estava à espera do que iria seguir-se mas, pelo baixo, engavetou aí uns dez! Ao mesmo tempo foi bebendo água. Quando pensei que a senhora tinha reposto os níveis de açúcar e tinha dado por terminada a “refeição”, atacou uma sandes de queijo que parecia maior do que as suas mãos conseguiam abarcar. Pronto, é de muito alimento, pensei. Só não sabia que ela ainda não ia a meio. Que me lembre e tentando repeitar a sequência, a senhora pequenina que bebia muita água ainda conseguiu engolir mais meia dúzia de pacotes de açúcar, um iogurte líquido, outra sandes XL e um saquinho de plástico cheio de rebuçados, caramelos e chocolates.
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Não sei, sinceramente, não sei como é que uma pessoa que não chega com os pés ao chão no banco do comboio consegue enfiar tanta coisa goela abaixo. Logo pela manhã! Quando chegámos, a filha perguntou-lhe, Queres mais alguma coisa?
E eu pensei, Mas onde é que ela mete aquilo tudo?

08/11/2012 às 07:09
Hahaha… você devia ver a ligeireza e a rapidez do processo!!! Hahaha…
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08/11/2012 às 05:36
PS: Por motivos de ataque de risos,esqueci-me de assinar meu comentário (risos)
Abraçpos
Men@
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08/11/2012 às 05:34
Se bem que muitos riram antes, mas diz o ditado que: quem ri por último,ri melhor…
Pois é meu amigo, estou aqui no além-mar ás: 01:26 da madrugada à GARGALHAR, cuidando para o visinho não acordar.
Justiça seja feita, caro escritor e amigo:
À ela: A prova que “Tamanho não é documento”
e a ti respeitosamente: Ainda bem que “Deus não dá asas às cobras”
(risos,muitos risos)
Abraços
Men@
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22/11/2010 às 17:59
Risadas!
Li isto aqui no trabalho sentada á minha secretária numa altura de pausa…e não é que tive q abafar a gargalhada que se assomou sem vergonha!!!
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20/11/2010 às 01:24
Amigo só à tua conta já dei umas boas gargalhadas!
Uma coisa que não fazia desde ontem, estou a passar por um momento de saudade!!!
Deixei partir o meu melhor amigo canino!!!!!
Só mesmo tu para me fazeres sorrir outra vez!
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